“Ela era pobre. Muito pobre, mas pertencia à linhagem de Davi, o
rei mais importante em toda a história de seu povo. Apesar de sua
linhagem, a pobreza escondia entre os pobres uma importância que
muitos teriam reconhecido se tivesse sido rica. (…) Era humilde,
simples, trabalhadora, despretensiosa. Vivia como vivem as pessoas
comuns de todos os tempos, lutando cada dia pelo sustento diário e
desfrutando o máximo do pouco que podia obter. Alimento, teto e
amizades era tudo o que podia ter. E os tinha. Era filha de uma
anônima família... ...Vivia confiante e feliz.”1
Essa pessoa singular seria a mãe de Jesus. Uma antiga profecia,
datada do período de 732-727 a.C., registrada por Isaías, dizia:
“...a virgem ficará grávida e dará à luz um filho, e o
chamará Emanuel” (Isaías 7:14).
Nazaré, cidade da Galileia, junho do ano 6 a.C. Maria estava noiva
de José, também descendente de Davi. “Deus atentou para a
humildade de sua serva...” (Lucas 1:48) e “...enviou o anjo
Gabriel” (Lucas 1:26) até ela para anunciar que ela havia
sido escolhida para uma missão muito especial: cumprir a profecia de
Isaías, dando à luz Jesus, o Emanuel, o salvador da humanidade.
Solteira, Maria tinha toda proteção de sua família e das leis de
Israel, mas uma solteira que tivesse um filho poderia ser morta pela
lei, e sofreria o julgamento da sociedade. A vida de Maria, porém,
havia sido marcada pela esperança do salvador vindouro. Ela conhecia
bem as profecias referentes ao Messias e sabia como Deus havia sido
fiel com seu povo no passado. Confiava no amor e cuidado de Deus. Não
questionou, mas se dispôs ao cumprimento da missão que acabava de
receber. O anjo a informou que seu filho seria gerado pelo Espírito
Santo, e ela respondeu: “Sou serva do Senhor; que aconteça
comigo conforme a tua palavra” (Lucas 1:38). “...não se
importou com os riscos. Só se importou com o cumprimento do plano
divino. Nada é superior ao plano de Deus. Nem mesmo a vida, porque
Deus dá vida a quem quer e quando quer. Além disso, Deus nada faz
para morte. Com sua fidelidade a Deus, ela estava tão segura como
segura tinha estado sempre. E muito mais. A segurança da lei era
forte, ela nunca a desprezou, mas agora se acrescentava uma segurança
adicional, mais firme que a lei. A ponto de protegê-la mesmo da
parte punitiva da lei. Confiou em Deus e obedeceu.”1
A decisão dela implicou em sérios problemas. José pensou que
estava mentindo e quis deixá-la. Era justo e para evitar que ela
fosse morta ou difamada resolveu fazer isso secretamente. Mas Deus
não abandonaria sua serva. Enviou o anjo para informar José de que
o menino era de fato o Messias. Tudo estava finalmente resolvido. O
exemplo dela nos mostra que confiar em Deus e viver de acordo com
seus propósitos para nossa vida é a melhor decisão, mesmo quando
isso implica em dificuldades, porque Deus cuida de seus filhos como
fez com ela. Sua experiência também nos mostra a importância de
conhecer as profecias bíblicas, para saber tomar decisões corretas.
A decisão firme de Maria de seguir a orientação divina de acordo
com as Escrituras para ser a mãe do salvador lhe rendeu felicidade e
honra. Em dois momentos a Bíblia refere-se à felicidade dela:
quando ela visitava Isabel, que lhe chamou feliz por confiar em Deus
(Lucas1:45); quando ela mesma expressa sua felicidade (Lucas 1:46 a
55). Sua vida foi marcada pela felicidade e alegria por se envolver
completamente com Jesus.
O nome Jesus significa salvador, como o anjo disse. Cristo, no grego,
e Messias, no hebraico, significam Ungido. “Os nomes na Bíblia
eram atribuídos com significado relacionado com a expectativa dos
pais a algum fato ocorrido durante a gravidez, ao momento do parto ou
à esperança que ele representava.”2 Os pais assumiam a
responsabilidade de educar os filhos para fazer jus ao significado do
nome. Maria cumpriu essa responsabilidade. E ao se relacionar com o
salvador, ela também foi salva por ele. Compreendeu a importância
de seguir sua guia, e nos deixou uma instrução muito sábia: “Façam
tudo o que ele mandar.” (João 2:5) Ela havia aprendido a obedecer
a Jesus por sua fé nele como salvador.
Tenho buscado compreender os ensinos de Jesus e, assim como Maria,
paz e felicidade têm marcado minha experiência com Cristo. Ela foi
um exemplo de confiança nas promessas de Deus, fé no salvador e
humilde obediência aos seus mandamentos.
Iniciei ontem, juntamente com amigos e vizinhos, na casa de um amigo,
a Semana Santa. Estamos conversando essa semana sobre as Marcas de
Esperança deixadas por Cristo
nas pessoas que foram contemporâneas dele enquanto esteve entre nós.
E também oramos a Deus por nossas necessidades. Em todo o Brasil
nós, adventistas do sétimo dia, estamos nos reunindo em pequenos
grupos de amigos. Se ainda não faz parte de um desses grupos e tiver
interesse em participar conosco essa semana, informe-se na igreja
adventista mais próxima de sua casa. Posteriormente, você também
poderá assistir as mensagens no site www.esperanca.com.br.
O primeiro tema estudado ontem foi esse que você está lendo agora nesse blog.
Da mesma forma que Jesus marcou a vida de Maria e marca minha vida
hoje com a sua felicidade, alegria, paz e segurança, ele pode marcar
sua vida também. Jesus espera você hoje. Se ainda não o fez, dê a
ele a oportunidade de transformar sua vida hoje. Aceite-o hoje
como senhor e salvador.
Que a paz esteja com você!
Referências
- Comentário Bíblico Homilético do Livro de Mateus, pág. 39 e 40. Casa Publicadora Brasileira – 2006.
- nomes-bilicos.blogspot.com; Apocalipse 2:17.Bíblia – Nova Versão Internacional; A Bíblia em ordem cronológica - datas.

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