segunda-feira, 25 de março de 2013

O Exemplo de Maria


 “Ela era pobre. Muito pobre, mas pertencia à linhagem de Davi, o rei mais importante em toda a história de seu povo. Apesar de sua linhagem, a pobreza escondia entre os pobres uma importância que muitos teriam reconhecido se tivesse sido rica. (…) Era humilde, simples, trabalhadora, despretensiosa. Vivia como vivem as pessoas comuns de todos os tempos, lutando cada dia pelo sustento diário e desfrutando o máximo do pouco que podia obter. Alimento, teto e amizades era tudo o que podia ter. E os tinha. Era filha de uma anônima família... ...Vivia confiante e feliz.”1
Essa pessoa singular seria a mãe de Jesus. Uma antiga profecia, datada do período de 732-727 a.C., registrada por Isaías, dizia: “...a virgem ficará grávida e dará à luz um filho, e o chamará Emanuel” (Isaías 7:14).
Nazaré, cidade da Galileia, junho do ano 6 a.C. Maria estava noiva de José, também descendente de Davi. “Deus atentou para a humildade de sua serva...” (Lucas 1:48) e “...enviou o anjo Gabriel” (Lucas 1:26) até ela para anunciar que ela havia sido escolhida para uma missão muito especial: cumprir a profecia de Isaías, dando à luz Jesus, o Emanuel, o salvador da humanidade.
Solteira, Maria tinha toda proteção de sua família e das leis de Israel, mas uma solteira que tivesse um filho poderia ser morta pela lei, e sofreria o julgamento da sociedade. A vida de Maria, porém, havia sido marcada pela esperança do salvador vindouro. Ela conhecia bem as profecias referentes ao Messias e sabia como Deus havia sido fiel com seu povo no passado. Confiava no amor e cuidado de Deus. Não questionou, mas se dispôs ao cumprimento da missão que acabava de receber. O anjo a informou que seu filho seria gerado pelo Espírito Santo, e ela respondeu: “Sou serva do Senhor; que aconteça comigo conforme a tua palavra” (Lucas 1:38). “...não se importou com os riscos. Só se importou com o cumprimento do plano divino. Nada é superior ao plano de Deus. Nem mesmo a vida, porque Deus dá vida a quem quer e quando quer. Além disso, Deus nada faz para morte. Com sua fidelidade a Deus, ela estava tão segura como segura tinha estado sempre. E muito mais. A segurança da lei era forte, ela nunca a desprezou, mas agora se acrescentava uma segurança adicional, mais firme que a lei. A ponto de protegê-la mesmo da parte punitiva da lei. Confiou em Deus e obedeceu.”1
A decisão dela implicou em sérios problemas. José pensou que estava mentindo e quis deixá-la. Era justo e para evitar que ela fosse morta ou difamada resolveu fazer isso secretamente. Mas Deus não abandonaria sua serva. Enviou o anjo para informar José de que o menino era de fato o Messias. Tudo estava finalmente resolvido. O exemplo dela nos mostra que confiar em Deus e viver de acordo com seus propósitos para nossa vida é a melhor decisão, mesmo quando isso implica em dificuldades, porque Deus cuida de seus filhos como fez com ela. Sua experiência também nos mostra a importância de conhecer as profecias bíblicas, para saber tomar decisões corretas.
A decisão firme de Maria de seguir a orientação divina de acordo com as Escrituras para ser a mãe do salvador lhe rendeu felicidade e honra. Em dois momentos a Bíblia refere-se à felicidade dela: quando ela visitava Isabel, que lhe chamou feliz por confiar em Deus (Lucas1:45); quando ela mesma expressa sua felicidade (Lucas 1:46 a 55). Sua vida foi marcada pela felicidade e alegria por se envolver completamente com Jesus.
O nome Jesus significa salvador, como o anjo disse. Cristo, no grego, e Messias, no hebraico, significam Ungido. “Os nomes na Bíblia eram atribuídos com significado relacionado com a expectativa dos pais a algum fato ocorrido durante a gravidez, ao momento do parto ou à esperança que ele representava.”2 Os pais assumiam a responsabilidade de educar os filhos para fazer jus ao significado do nome. Maria cumpriu essa responsabilidade. E ao se relacionar com o salvador, ela também foi salva por ele. Compreendeu a importância de seguir sua guia, e nos deixou uma instrução muito sábia: “Façam tudo o que ele mandar.” (João 2:5) Ela havia aprendido a obedecer a Jesus por sua fé nele como salvador.
Tenho buscado compreender os ensinos de Jesus e, assim como Maria, paz e felicidade têm marcado minha experiência com Cristo. Ela foi um exemplo de confiança nas promessas de Deus, fé no salvador e humilde obediência aos seus mandamentos.
Iniciei ontem, juntamente com amigos e vizinhos, na casa de um amigo, a Semana Santa. Estamos conversando essa semana sobre as Marcas de Esperança deixadas por Cristo nas pessoas que foram contemporâneas dele enquanto esteve entre nós. E também oramos a Deus por nossas necessidades. Em todo o Brasil nós, adventistas do sétimo dia, estamos nos reunindo em pequenos grupos de amigos. Se ainda não faz parte de um desses grupos e tiver interesse em participar conosco essa semana, informe-se na igreja adventista mais próxima de sua casa. Posteriormente, você também poderá assistir as mensagens no site www.esperanca.com.br.
O primeiro tema estudado ontem foi esse que você está lendo agora nesse blog.
Da mesma forma que Jesus marcou a vida de Maria e marca minha vida hoje com a sua felicidade, alegria, paz e segurança, ele pode marcar sua vida também. Jesus espera você hoje. Se ainda não o fez, dê a ele a oportunidade de transformar sua vida hoje. Aceite-o hoje como senhor e salvador.
Que a paz esteja com você!


Referências
  1. Comentário Bíblico Homilético do Livro de Mateus, pág. 39 e 40. Casa Publicadora Brasileira – 2006.
  2. nomes-bilicos.blogspot.com; Apocalipse 2:17.
    Bíblia – Nova Versão Internacional; A Bíblia em ordem cronológica - datas.

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