domingo, 1 de fevereiro de 2015

Reflexos...

No último dia 28 participei de uma palestra de motivação que foi ministrada aos funcionários da área de educação aqui na minha cidade. Uma das coisas que me chamou a atenção foi essa colocação:
“A motivação precisa ser pessoal.”
Isso é algo realmente importante. Se a pessoa está motivada por um princípio de vida, ela consegue ir muito mais longe, produzir muito mais e com mais qualidade. A palestra foi muito proveitosa. O palestrante é renomado em sua área de atuação. E transmitiu os conceitos muito bem. Mas aqui não vou repetir aqueles conceitos. A frase que me marcou mais foi essa que acabo de citar, mas em relação a esse assunto, já venho meditando nele há algum tempo, e me é inevitável pensar nisso e não me lembrar de uma pessoa. Aquele que foi o maior motivador de todos os tempos: Cristo, o messias.
Tenho meditado ultimamente em minha vida em geral e estou vivendo uma experiência que gostaria de compartilhar. Cristo, o messias, ele é meu modelo. Me fascina, me inspira, me encanta. Afinal de contas, porque fazer o meu melhor mesmo em condições desfavoráveis? Porque se importar? O que isso faz de diferença? Em minha vida pessoal tenho alguns problemas, e percebi que o maior deles está relacionado a essas questões. Eu estava levando uma vida razoável, tranquila. Sem se importar muito com nada. Sem me dedicar inteiramente a nenhum propósito. Apenas levando a vida. Mas um belo dia eu comecei a meditar em Cristo.
Cristo, ele que, sendo Deus, e tendo seu reino celestial, onde estava cercado de servidores que o amam e sempre lhe dedicaram louvor e adoração, vivendo sempre para servi-lo como resposta ao seu amor. Fico imaginando como era isso. O céu. Sem calor, sem suor, sem sede ou fome, nem sombra de dor ou qualquer leve traço de dificuldade que existe nesse mundo. E cercado de anjos leais e fiéis que o serviam sempre. Cânticos arrebatadores que não existe música na terra capaz de chegar perto. Porque um rei deixaria um trono assim tão extraordinário? E para quê?
Enfim, Cristo, embora subsistindo em forma de Deus, não julgou como usurpação ser igual a Deus, mas a si mesmo se humilhou, assumindo a forma de servo. (Filipenses 2) E, sendo obediente até a morte, sofreu por trinta e três anos aqui neste mundo mal. Agora, pensa por um momento, imagina o que deve ser para um rei assim tão majestoso deixar o trono, a adoração dos anjos, sua própria glória divina e, humilhado ao máximo, assumir o corpo de um ser humano, sofrendo sede, fome, dor, maus tratos, e ser obediente até a morte. Para quê? Porque? Para dar a nós, seres humanos, a oportunidade de morar lá no céu com ele, partilhando a glória de Deus, livres de toda dor e sofrimento. Por que nos amou mais que sua própria vida. Isso é para mim o maior amor do Universo. E o maior exemplo.
Mas afinal, o que uma coisa tem a ver com a outra? Ocorre que a minha motivação pessoal vem daí. Há pouco tempo eu consegui animar alguém e ver a alegria e gratidão daquela pessoa, e isso mexeu comigo. Uma alegria e satisfação brotou. Um sentimento bom. Eu já havia lido sobre isso. E sempre procuro ajudar pessoas, desde que tive contato com o evangelho do Reino, mas nunca tinha parado para meditar no assunto nem havia me sentido tocado assim. Qual era a alegria do salvador? Qual era sua motivação? Ver o bem das pessoas, salvar. O amor era a mola propulsora que o levava a se mover em íntima compaixão pelo próximo. Seu pagamento? A alegria e felicidade que fazia brotar naqueles que curava e salvava. A satisfação de poder partilhar a eternidade com eles e os anjos.
Hoje minha vida está mudando mais porque esse amor de Cristo está me levando a amar mais as pessoas. O trabalho pode ser cansativo ou as vezes tedioso, mas o que me motiva agora é ter a grata satisfação de poder fazer o dia de alguém mais feliz, poder servir melhor, ser uma bênção na vida daqueles que se beneficiam desse trabalho.
A Assistência Social Adventista tem por missão “mudar o mundo, uma vida de cada vez”. E esse é um pensamento maravilhoso que reflete bem o exemplo de nosso salvador.
Há uma grande bênção em viver para servir. É uma verdadeira satisfação poder fazer a diferença na vida de outros como resultado do seu trabalho. Estou descobrindo isso. Está me fazendo muito bem.
O cristianismo é basicamente isso. Amar na prática, sem esperar nada, apenas para ver o bem do outro. Isso como resultado do contato com Cristo. E como isso faz diferença! Em tudo. Significa renunciar muitas coisas particulares, deixar muitas coisas pessoais e pensar mais nos outros. Mas vale muito a pena. Olhar para Cristo e meditar na vida dele é uma grande bênção.
Todos temos muito potencial. Habilidades que se desenvolvidas trarão grandes bênçãos ao mundo. O que faremos com elas? Usaremos para a promoção pessoal ou para mudar vidas? Já parou para pensar na bênção que é desenvolver todo o potencial para a glória de Deus a fim de abençoar outros com o seu trabalho?
Não importa onde, se na igreja ou na escola, em casa, na universidade ou trabalho, fazer isso vai exigir tempo e dedicação. Isso vai significar abrir mão de coisas particulares e interesses pessoais. Sacrifício. Renúncia. Cristo, o rei do Universo, humilhou-se e se sacrificou, sendo obediente até a morte, por amor de nós. Ele deu sua vida por nós, e devemos dar a vida por nossos irmãos. (I João 3:16) Isso não quer dizer simplesmente morrer, tem um significado mais profundo. É viver para servir, como ele fez. Abrir mão de interesses particulares para ver o bem do outro, fazer o melhor, dedicar tempo e recursos para salvar pessoas. Porquê? Como extensão do amor de Deus nesse mundo.
Faz algum tempo que comecei a pensar assim, partindo do exemplo do mestre. E isso tem sido uma bênção em minha vida. A felicidade de doar é maior do que a de receber. E por isso mesmo sigo nesse caminho, porque afinal, parece que a missão dada por Cristo começa a fazer todo o sentido. Qual é a alegria de que ele falou? “Tenho lhes dito estas palavras para que a minha alegria esteja em vocês e a alegria de vocês seja completa.” João 15:11 Que alegria é essa que deseja para todos nós?

A paz de Cristo esteja contigo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Deixe seu comentário.
A moderação de comentários tem o seguinte critério: não serão publicados comentários ofensivos nem comentários contendo propaganda.