Aproximadamente 1212 a.C., um jovem está revoltado com a situação
de seu povo. Escondendo seu trigo ele o malha no tanque de prensar
uvas para que os inimigos não tomem à força. Mas nessa situação
difícil o Anjo do Senhor aparece para ele e diz: “O Senhor está
com você, poderoso guerreiro”. Gideão então coloca para fora
toda a sua insatisfação e indignação com a situação, dizendo:
Se o Senhor está mesmo conosco, porque ele permite que os Midianitas
roubem tudo o que é nosso? Onde estão os atos poderosos do Senhor
em nosso favor que ouvimos nossos pais nos contarem? Onde está o
Deus que fez tantas maravilhas em nosso favor como eles nos contaram?
O Senhor nos abandonou e nos entregou aos nossos inimigos. E a
resposta do Senhor foi: “Com a força que você tem, vá
libertar Israel das mãos de Midiã. Não sou eu quem o está
enviando?”. Então Gideão se sentiu fraco diante do inimigo,
mas pediu confirmação a Deus sobre sua missão e, dando o Senhor a
certeza de que estava com ele, foi e, com trezentos homens, venceu o
exército inimigo com seus milhares de soldados e libertou Israel!
Você já se sentiu indignado com alguma coisa ao seu redor? No tempo
de Gideão a história bíblica nos informa que o sofrimento deles
era decorrente da corrupção moral que havia tomado conta do povo.
Ellen G. White, escritora norte americana, diz que Gideão e sua
família eram corajosos, e ele era o único que ainda estava vivo das
batalhas que haviam travado para tentar libertar-se. Hoje a situação
não é muito diferente. Mas o que me chama atenção é que quando
Gideão reclama da situação do país Deus diz a ele: vá libertar
Israel!
A Bíblia nos conta que Deus teria de nos matar para fazer justiça,
porque essa é a pena justa para nossa maldade. Mas ele nos ama tanto
que desceu aqui, viveu entre nós em forma humana e pagou a nossa
pena, morrendo numa cruz! Ele é Emanuel, Deus Conosco! Mas porque
ele fez isso? Para nos perdoar e nos admitir novamente ao seu lado,
eternamente! Não mais maus, e sim transformados à sua imagem e
semelhança, como ele nos criou no princípio! Ele esteve entre nós.
Cristo: a revelação visível do Deus invisível! E ele instalou uma
revolução aqui. Seus discípulos ensinaram todos os que creram nele
a viver uma nova vida, uma vida humilde e fundamentada no amor
altruísta, o amor que vem de Cristo.
Hoje as coisas não são tão diferentes, a não ser pelo fato de que
estamos vivendo a profecia de Cristo, registrada em Mateus 24 e Lucas
21. Ele falou sobre a perseguição e martírio dos discípulos.
Também advertiu sobre a destruição de Jerusalém e falou sobre as
guerras e desastres, com o aumento da maldade até o tempo da sua
volta. O historiador Josefo escreve que no tempo em que os romanos
cercaram a cidade (como Cristo disse) e depois saíram, aqueles que
tinham crido no Mestre saíram para a região de Pereia e escaparam.
Logo em seguida os romanos voltaram e cercaram a cidade novamente,
então o povo começou a morrer de fome, até que Jerusalém foi
destruída e não ficou pedra sobre pedra no Templo que não fosse
removida. E foram “levados como prisioneiros para todas as nações”
(Lucas 21:24). No tempo de Gideão a narrativa Bíblica nos informa
que eles estavam sofrendo as consequências de seu afastamento de
Deus. Com sua idolatria eles se afastaram e ele retirou a proteção,
deixando-os vulneráveis aos ataques dos Midianitas. Mas quando se
arrependeram e voltaram a buscá-lo, convocou Gideão e os libertou.
Os judeus também o rejeitaram como nação, crucificando o Messias.
Em um ato de satânica ira para condenar seu inocente salvador,
tomaram sobre si o juízo divino: “Que o castigo por esta morte
caia sobre nós e sobre os nossos filhos!” (Mateus 27:25). Satanás,
o destruidor, está vibrando para espalhar a morte e a desordem e
fazer o mundo entrar em colapso. Deus o impede de executar seus
intentos, mas quando o ser humano rejeita a Deus e prefere a maldade
e a corrupção, o Senhor retira a proteção, e Satanás tem
liberdade para destruir. Hoje, como disse Cristo, o amor está se
esfriando de quase todos. Vemos maldade em toda parte. E
consequentemente ao afastamento das pessoas de Deus, a tragédia
gerada pela corrupção resultante e os desastres, obra do
destruidor, são cada dia mais visíveis.
Os verdadeiros discípulos de Cristo viveram como ele, transmitindo
esperança a um mundo sofredor. Eles abalaram o mundo, sem armas,
apenas com o poder do amor em seus corações. Eles tinham fome e
sede de justiça, eram misericordiosos, puros de coração. E hoje
Deus quer despertar em nós um sentimento de insatisfação, e usar
isso para promover o amor de uns para com os outros, uma revolução
pelo bem, pela solidariedade, uma firme disposição para permanecer
ao lado do que é justo, ainda que caiam os céus! Nas palavras de
Cristo:
“Quem quiser me acompanhar não pode ser meu seguidor se não me
amar mais do que ama o seu pai, a sua mãe, a sua esposa, os seus
filhos, os seus irmãos, as suas irmãs e até a si mesmo. Não pode
ser meu seguidor quem não estiver pronto a morrer como eu vou morrer
e me acompanhar. Se um de vocês quer construir uma torre, primeiro
senta e calcula quanto vai custar, para ver se o dinheiro dá. Se não
fizer isso, ele consegue colocar os alicerces, mas não pode terminar
a construção. Aí todos os que virem o que aconteceu vão caçoar
dele, dizendo: 'Este homem começou a construir, mas não pôde
terminar!'. Se um rei que tem dez mil soldados vai partir para
combater outro que vem contra ele com vinte mil, ele senta primeiro e
vê se está bastante forte para enfrentar o outro. Se não fizer
isso, acabará precisando mandar mensageiros ao outro rei, enquanto
este ainda estiver longe, para combinar condições de paz. (…)
Assim nenhum de vocês pode ser meu discípulo se não deixar tudo o
que tem.” Lucas 14:26 a 35
É crucial parar para pensar nessas palavras dele e avaliar o preço
que temos a pagar para realmente andar com ele e viver seguido seus
passos. Uma vida de serviço como a de Cristo requer dedicação
total a Deus, colocando-o acima de tudo, até da própria vida! Isso
quer dizer que se você estiver em uma situação onde para ser fiel
correrá risco de morte, deverá preferir a morte do que a injustiça,
a infidelidade. E, em síntese, é disso que a sociedade tem falta:
homens que não se comprem nem se vendam, que permaneçam firmes pelo
que é certo mesmo diante da morte. Fidelidade até a morte também
significa fidelidade em tempos de paz, separação da corrupção
reinante, mesmo nas coisas pequenas, porque quem é fiel nas pequenas
coisas será nas grandes. (Lucas 16:10)
Cristo pagou o preço para libertar-nos e comprou assim, com seu
sangue, a vida eterna. E esse é o preço a ser pago para segui-lo.
Não se trata de se arriscar a morrer, trata-se de não se corromper,
não vender seus princípios, não ter preço. Mesmo diante da morte.
Parece que não, mas todos os dias lidamos com questões envolvendo
escolhas certas e erradas. E como é fácil e natural, e até
culturalmente normal, fazer como a maioria e escolher as coisas
erradas. Quando você decide viver de acordo com os princípios do
evangelho vai na contramão da própria sociedade e muitos vão te
dizer para fazer como a maioria porque afinal estamos no século 21,
as coisas são diferentes, e você não precisa ser tão fiel. Quem
está disposto a pagar o preço e seguir a Cristo?
É por isso que “muitos são chamados, mas poucos escolhidos”.
(Mateus 22:14) Porque o caminho é mesmo estreito, e
apertada a porta que conduz à salvação, e poucos são os que
acertam com ela. Mateus 7:14
Mas ah, quanta paz e felicidade têm os que andam com Cristo! Sim, há
esperança! Sim, Jesus em teu coração é tudo que precisa para
contagiar outros e mudar o mundo ao seu redor! Sim, trabalhando dessa
forma com nosso amado salvador, partilhando seu legado em prol do bem
das pessoas ao nosso redor vamos com Cristo espalhar o amor de Deus
nesse mundo. E para aqueles que assim resolvem segui-lo confiando na
salvação que ele comprou para nós na cruz ele garante que, ainda
que morram, viverão! (João 11:25) E um dia estaremos para sempre
com o Senhor, onde não haverá mais morte, nem pranto, nem dor.
Porque tudo se fez novo, e essas coisas ruins já acabaram para
sempre! (Apocalipse 21:4)
As profecias bíblicas nos mostram que as coisas vão se complicar um
pouco mais, mas que breve Cristo virá e dará vida eterna àqueles
que o amaram em resposta ao seu grande amor, ressuscitando os que já
dormiram e glorificando os que estiverem vivos naquele dia. (I
Tessalonicenses 4) A vida com Cristo é uma jornada humilde de
trabalho em prol da vida, com dificuldades, mas que produz muita paz,
satisfação e alegria no serviço dele. Ele está conosco todos os
dias, até o fim. (Mateus 28:19 e 20) E uma coisa que tenho visto é
que ele é o salvador presente que te socorre e fortalece em toda e
qualquer situação. Com quem podemos contar 24h por dia. Deus
conosco!
Cristo está pronto a libertar todo aquele que nele crê, basta pedir
a ele para curar você, restaurar sua vida e lhe dar poder para viver
essa vida nova que ele comprou com seu sangue para nós, se assim
você quiser, se sentir que precisa dele. Ele está com você agora
mesmo. Não importam as dificuldades ou qualquer coisa, Jesus é a
vida, ele é o libertador, e como fez com Gideão e com os
discípulos, quer tornar cada um de nós poderosos guerreiros, com
poder de seu Espírito, para transformar vidas e preparar outros para
uma sociedade melhor, um mundo melhor, aquele reino eterno que ele
vai afinal estabelecer aqui, sem morte, tristeza, choro nem dor, onde
não haverá lembrança das desgraças de hoje, porque tudo se fez
novo!
A paz de Cristo esteja contigo!
Referências
Bíblia
– Nova Versão Internacional – História de Gideão: Juízes
capítulos 6, 7 e 8.

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