quinta-feira, 3 de setembro de 2015

Paolini, Tolkien, Lewis e…


O que esses nobres autores têm em comum? Uma das coisas é certamente o talento literário. Literatura fantástica. Paolini é discípulo de Tolkien nesse aspecto, trazendo em seu texto muitos elementos da pena deste último, inclusive criando uma língua especial que é base de todo seu enredo. Lewis também, por influência de Tolkien, teve sua vida levada a uma trajetória diferente. Mas há algo mais em comum entre todos eles, que está inserido na literatura fantástica e que também é tema controverso no mundo. A realidade da morte!
A literatura fantástica é muito empolgante e, assim, já li a série O Senhor dos Anéis, O Hobbit, As Crônicas de Nárnia e O Ciclo da Herança. Esses títulos, aliás, trazem muita coisa no contexto. Tratam de questões políticas, num enredo que aborda questões importantes no contexto geopolítico. Mas dentre toda a filosofia no enredo das obras desses autores, o assunto da morte me chamou a atenção porque cada um deles aborda o tema de formas distintas.
Tolkien coloca um exército de mortos vagando em uma montanha até cumprir uma promessa para ser liberados ao paraíso ou algum outro lugar. Isso parece com a ideia do purgatório, que basicamente afirma que algumas pessoas ficam se purificando num lugar depois da morte para então ascender ao céu. E transmite a ideia de que a morte é uma passagem para outra realidade, outro tipo de vida. Isso fica bem evidente na morte de Gandalf. E há outros detalhes. Mas, vamos considerar a ideia de vida após a morte, que é bem nítida na literatura fantástica deste autor.
Lewis aborda o assunto em suas crônicas de modo semelhante, relatando já no final da narrativa que, Pedro, Edmundo e alguns outros da família morrem num acidente de trem e logo em seguida se encontram no país de Aslam, sendo informado que a vinda desta vez é definitiva porque o barulho e clarão na estação de trem foi um acidente fatal para eles. Ele considera a morte como uma passagem para outra realidade, outra vida. E, no final, todos reunidos observam lá do país de Aslam Suzana, que ainda vivia na Terra.
Paolini faz seus personagens conversarem sobre o tema em vários pontos de vista. Um dos pontos levanta a possibilidade da vida após a morte, e o outro a possibilidade de entrar no vazio. Deixar de existir, sem nenhuma outra realidade ou vida por vir. Este ponto é mais enfatizado na trama. Pareceu-me enfatizar um pouco a ideia de que esta vida é a única realidade e depois da morte a pessoa deixa de existir para sempre, o que é apresentado como crença dos elfos que tinham muitas vantagens e muito conhecimento.
Os livros são ficção, porém Lewis foi intencional em suas crônicas no sentido de fazer paralelos com o cristianismo. Isso é muito evidente na trama e as ligações estão no relacionamento e dependência de Aslam, bem como em outros detalhes. Tolkien e Paolini se limitam a produzir histórias e deixar os leitores fruir as mesmas. Porém, é muito interessante essa relação entre as formas como o tema da morte em suas obras encontra paralelos nas teorias existentes hoje.
O fato é que a morte é mesmo um assunto intrigante a todos nós. E as questões levantadas nessas obras, e outras relacionadas, martelam em todas as mentes. O que ocorre na morte? Será uma passagem para outra existência como sugerem Lewis e Tolkien? Será o fim da vida de forma definitiva, sem nenhuma existência por vir? Entrar no vazio, como questiona Paolini?
Essas questões trazem outras à tona. Vamos pensar num Deus criador do Universo. E agora, como consequência da maldade, ele permite as pessoas morrerem. Mas os maus que não se arrependem são levados a um lugar de eterno tormento ao morrer, e os outros são levados para um lugar melhor, livres de sofrimento. Que Deus seria esse? Essa é a perspectiva da vida após a morte, com o céu e o inferno. Um passaporte para outra vida, outra existência, exatamente na morte, desta forma, o que seria? Aqui temos dois problemas, e eles estão tanto no paraíso como no inferno de tormento. Quem seria feliz no céu vendo seus queridos sofrendo aqui neste mundo todos os dias? E que pai condenaria filhos rebeldes ao tormento eterno, por mais que seus crimes fossem graves? Será que esse ser poderia ser considerado um pai?
De fato, a ideia de vida imediata após a morte tem algumas perspectivas difíceis, em qualquer lado, tanto no paraíso como no inferno. Esta ideia do inferno eterno é capaz de levar pessoas sensíveis à depressão e problemas relacionados. Seria justo um Deus que atormenta eternamente milhões de perdidos na morte? Não acredito que seriam felizes pessoas no paraíso vendo seus queridos sofrendo aqui na terra.
Morrer e deixar de existir. Esta perspectiva também não é legal, mas ainda é melhor que a outra. Ao menos o sofrimento não existe mais. Porém já parou para pensar o que é deixar de existir, nunca mais acordar? Nada mais além desta vida aqui? Sim, muitas pessoas pensam assim, e por isso vivem de forma frenética em busca de prazeres e outras tantas coisas porque afinal, é somente isso aqui e nada mais. É como viver em contagem regressiva.
Recentemente falei sobre a morte aqui, e coloquei vários detalhes não explicados. De fato, o Deus bíblico nos dá uma terceira perspectiva. E ela tem elementos das duas teorias apresentadas nas entrelinhas por esses nobres autores supracitados. A Bíblia é a revelação de Deus para nós, cristãos. Também existem muitos manuscritos originais da Bíblia, mais do que qualquer outro pensador como Platão e Sócrates, por exemplo. Os manuscritos dos originais bíblicos são abundantes e comprovam a veracidade do texto que temos hoje. Mas não para por aí, a arqueologia tem comprovado detalhes históricos deste livro milenar e derrubado críticas diversas. Além disso, as suas profecias se cumprem século após século com precisão.

Mas de todos os detalhes, eu tenho provado e visto o poder desse Deus criador em minha própria experiência diária, como se pode ver no último post deste blog. E, na Bíblia, a morte é apresentada pelo senhor da vida, Cristo, de forma bem clara. Nos evangelhos, ele fala de ressurreição, o meio pelo qual trará os mortos à vida e os levará depois ao céu. Na morte de Lázaro, também compara a morte ao sono – João 11:11 a 14. De fato, Cristo concorda aí com o Antigo Testamento, onde se lê claramente:
"Sim, os vivos sabem que vão morrer, mas os mortos não sabem nada. Eles não vão receber mais nada e estão completamente esquecidos. Os seus amores, os seus ódios, as suas paixões, tudo isso morreu com eles. Nunca mais tomarão parte naquilo que acontece neste mundo. Tudo o que você tiver de fazer faça o melhor que puder, pois no mundo dos mortos não se faz nada, e ali não existe pensamento, nem conhecimento, nem sabedoria. E é para lá que você vai." Eclesiastes 9:5,6 e 10
A ideia da morte como um estado de total inconsciência, semelhante ao sono, é também apresentada por Daniel (12:2) e repetida por Paulo (I Tessalonicenses 4:13).
Uma grande controvérsia gira em torno dos textos onde Cristo fala do juízo. Ensina que no juízo os perversos serão queimados no inferno de fogo. Há um detalhe nesse assunto, porém, que aparece em Mateus 25:41. O fogo eterno foi preparado para o Diabo e seus anjos. Não para o homem. Deus nos ama e quer salvar a todos. Mas os rebeldes que preferirem o mal serão deixados com o Diabo e seus anjos, autores do mal. No mesmo capítulo, no verso 46, ele ensina que os bons irão para a vida eterna e os maus para o castigo eterno. Jesus coloca esse juízo, porém, após sua vinda. Isso pode ser visto neste mesmo capítulo de Mateus, onde fala da ressurreição quando vier. E mesmo para os perdidos que sofrerão o castigo eterno, a Bíblia denomina isso como a segunda morte, que é o lago de fogo – Apocalipse 21:8. Ora, em se tratando de morte, a segunda morte, não pode ser uma vida eterna de tormentos no fogo, certo? E é exatamente isso o que a Bíblia confirma. O texto é Malaquias 4:1 a 3. Refere-se ao lago de fogo, onde os maus serão queimados, e afirma claramente que os salvos pisarão as cinzas dos mesmos. E que não restará raiz nem ramo deles.
Para maiores detalhes sobre as revelações do livro sagrado a respeito da morte e tudo o que se relaciona com este tema, é essencial um estudo mais profundo das Escrituras.
Coloco-me à sua disposição. Você também pode fazer algum dos cursos bíblicos nos links disponíveis no topo do blog.
Na perspectiva bíblica, a morte é como mergulhar no vazio, sem consciência, deixar de existir. Mas somente até o dia da ressurreição. Naquele dia, Cristo diz que todos, bons e maus, ouvirão a sua voz e sairão, uns para a ressurreição da vida e outros para a ressurreição da condenação ou juízo – João 5:28 e 29. Ele confirma o ensino de Daniel 12:2. A Bíblia nos esclarece que Cristo levará em sua vinda os salvos para viver com ele para sempre em seu reino eterno – Mateus 25. E ali já não haverá mais morte, nem tristeza, nem choro, nem dor! Apocalipse 21:4 Na perspectiva da vida no céu imediatamente após a morte fica meio complicado não haver tristeza sendo que as pessoas estariam vendo seus queridos a sofrer neste mundo. E, neste caso, porque haveria necessidade de ressurreição dos mortos? Não estariam todos no céu ou no inferno? De fato, esta ideia contradiz diretamente o ensino bíblico de Jesus e dos profetas.
Este Jesus é aquele que morreu e ressuscitou! Senhor da morte e da vida. Aquele que, mais do que ninguém, sabe exatamente o que ocorre na morte. Não somente isso, mas também é poderoso salvador. Está agora mesmo a disposição de cada ser humano. E a notícia mais extraordinária é que, não importa se a vida aqui não seja justa ou se a morte seja trágica, não importa o que agora nos aflige aqui. Este mesmo Jesus virá em breve, e trará com ele da sepultura, sim, como ele mesmo afirmou, do sono da morte, do vazio, trará seus filhos à vida! E com ele reinarão para sempre! Imortais, numa realidade a ser estabelecida então. Um reino onde não haverá mais vestígio de dor, tristeza nem morte.
O ensino bíblico deixa claro que esta realidade de sofrimento e dor no mundo será extinta com a próxima vinda de Cristo. Que esta terra será transformada, o juízo será executado para os maus impenitentes, acompanhados de Satanás e seus anjos, que serão exterminados para sempre no lago de fogo, como já mostrado acima. Ou seja, não restará vestígio de dor, sofrimento nem morte. Tudo isso terá acabado para sempre.

Esperança. Esperança de vida além da morte. De um mundo melhor e mais, reunidos com milhões de pessoas, parentes, amigos e outros, desde o início deste mundo, para sempre! Sim, não é conto de fadas, mas é para sempre.
Não, não vamos a lugar nenhum ao morrer. Simplesmente deixamos de existir por um tempo, até o dia da ressurreição. Morte de inocentes, tragédias que por vezes nos chocam e tantas vidas perdidas nessa loucura que vivemos no mundo presente. Deus vê, e ele está apelando a cada um de nós todos os dias. Está apelando a você que está lendo agora. Sim, você. A vida está em Cristo, e nele, mesmo a morte é um inimigo vencido. Não assusta mais, porque ele é a ressurreição e a vida. Por isso Paulo, o apóstolo, dizia que morrer é lucro. Porque em Cristo, a morte não é o fim. Nele há vida, vida eterna! Para todos nós. Agora mesmo. O mal hoje não escolhe suas vítimas, mas todo aquele que estiver ligado a Cristo tem a vida eterna!
Querido amigo leitor, eu espero sinceramente levar esperança e paz por meio do evangelho de Cristo a cada pessoa que leia esta mensagem e sinceramente esteja lutando com essas questões tão cruciais da nossa existência. Esta esperança é real. Ela me mantém hoje tranquilo, mesmo diante dos maiores desafios. Primeiro porque sei tanto pela revelação bíblica como pela sua atuação no meu dia a dia que Cristo é real. Ele é real. Podemos falar com ele em qualquer momento por meio da oração. E ele nos fala por meio da Palavra, da natureza e em nosso coração. E nas horas mais difíceis, clamar a ele fez a diferença entre a vida e a morte para mim. Tanto quanto para decidir e ter sabedoria diante de coisas diversas.
Talvez o mais lindo seja o fato de que existe um Deus, que não é um tirano que põe pessoas no inferno a arder pela eternidade, nem fica olhando pronto para castigar-nos ao menor desvio. Não! Absolutamente! Ele é o melhor amigo. Alguém que está ansioso por socorrer-nos e guiar por um caminho excelente, aos portais eternos, à vida eterna! Sua Palavra tem o poder de prolongar a vida, proporcionar paz inabalável, caráter íntegro, e outras tantas bênçãos, àqueles que a obedecem.
É fato que nosso mundo agoniza. Outro dia um amigo postou no Facebook uma preocupação. Muito tempo de sol quente no inverno. Coisa estranha. A ciência comprova que o planeta não vai muito longe. Não suportará a civilização por muito mais tempo. A entropia está consumindo este canto do Universo onde moramos ano após ano. Isso é fato observado. Agora veja só que coisa incrível Paulo afirmou séculos atrás:
"Eu penso que o que sofremos durante a nossa vida não pode ser comparado, de modo nenhum, com a glória que nos será revelada no futuro. O Universo todo espera com muita impaciência o momento em que Deus vai revelar o que os seus filhos realmente são. Pois o Universo se tornou inútil, não pela sua própria vontade, mas porque Deus quis que fosse assim. Porém existe esta esperança: um dia o próprio Universo ficará livre do poder destruidor que o mantém escravo e tomará parte na gloriosa liberdade dos filhos de Deus. Pois sabemos que até agora o Universo todo geme e sofre como uma mulher que está em trabalho de parto." Romanos 8:18 a 22 – grifo meu.
O mesmo Deus criador também é restaurador. A Bíblia também ensina que o mal teve início em uma escolha humana, e por nossas escolhas se espalhou e chegou ao ponto onde estamos agora. Sendo que o próprio Universo está sofrendo as consequências disso. O que resulta na entropia. Degeneração gradual. Ao contrário da teoria evolutiva, observamos que o Universo está em processo de morte, de colapso, e não de evolução, ou melhora, aperfeiçoamento. O mesmo pode ser observado em relação à raça humana. Ao longo dos séculos ficamos mais suscetíveis a doenças, mais fracos, e não mais fortes. A morte está sobre este mundo. Da perspectiva bíblica, Deus é a vida, e por meio de Cristo tudo se mantém no Universo – Hebreus 1:2 e 3; Colossenses 1:15 a 17. Mas Deus abomina o pecado e, à medida que nos afastamos dele por meio deste, reina a morte.
Porém, não é o fim. O Senhor está vindo em breve! Dará fim ao pecado e à morte. E restaurará todas as coisas. Haverá novo céu e nova terra. Universo livre. Renovado. (Apocalipse 21) O mesmo criador que tudo criou é poderoso para restaurar. Está agindo agora nesse processo. Apenas aguarda seus filhos ainda perdidos, para salvá-los. O ensino bíblico da morte traz um alerta: esta vida é a única chance de salvação. A morte é imprevisível, por isso é preciso se preparar hoje.
“Cada pessoa tem de morrer uma vez só e depois ser julgada por Deus.” Hebreus 9:27
Quem quer ver e tomar parte nesse futuro glorioso? Espero encontrar todos lá. A glória do dia eterno está muito próxima. Um estudo das profecias bíblicas que ainda não aconteceram revela isso.
Uma semana de paz a você! E que o amor de Deus o alcance a cada dia.
A paz de Cristo esteja contigo!

Referências
Bíblia – Nova Tradução na Linguagem de Hoje
Ciclo da Herança – Christopher Paolini
O Senhor dos Anéis e O Hobbit – J. R. R. Tolkien

As Crônicas de Nárnia – C. S. Lewis

quarta-feira, 19 de agosto de 2015

Amigos...

Quanto tempo... sempre lembro que preciso retomar a escrita, e na verdade a correria, as muitas atividades e outros fatores adversos me levaram a ficar esse tempo todo sem escrever. Mas hoje finalmente decidi fazê-lo. E nessa ocasião especial o tema da amizade me veio como algo muito importante e marcante agora para mim.
Amigos são presentes, mas podem também desencaminhar... por isso um dos conselhos de Deus nos provérbios bíblicos é ter cuidado com os amigos que escolhemos. Eu particularmente sou muito calado e assim posso chamar amigos de fato a poucos. Mas são amigos especiais. Conheço muitas pessoas, mas sou de poucos amigos por ser muito pouco falador.
Recentemente comecei a trabalhar novamente com desenho. Eu sempre gostei e a ideia de publicar me animou a retomar essa arte agora. Você que me acompanha no Google+ possivelmente tenha visto aí alguns posts relacionados. O blogue exclusivo é indyartfabricio.wordpress.com. Meus novos amigos deste ano em uma missão especial aqui no meu estado me despertaram novamente para o desenho. E uma pessoa com quem travei amizade há pouco tempo também tem me sido de muita importância. Uma troca de conhecimentos e literatura muito legal.
Há um amigo muito especial que já me acompanha desde 1997. Na verdade ele sempre esteve por perto, mas eu tive um contato mais próximo a partir de então. Em momentos cruciais e situações até de risco de morte, ele foi a razão de eu ainda estar digitando agora. Descrevo um desses momentos aqui. Esse é um amigo da humanidade desde sempre. E não posso imaginar o que está passando agora ou o que quer que venha a passar, mas tenho certeza de que ele está disponível a cada ser humano agora mesmo, e sempre. Precisamos apenas chamar por ele e ele nos ouve.

Amigos são muito importantes. Bons amigos. Que o amor e cuidado desse amigo que acabo de mencionar alcance você, querido leitor, a cada dia.

Até breve... vou procurar escrever com mais frequência.

sexta-feira, 19 de junho de 2015

Diante da Morte...


A morte é imprevisível. Por isso não dá para afirmar que verei a luz de mais um dia. É certo que há boa chance de estar vivo amanhã. Pelo menos mais do que de morrer a noite. Porém como muitos têm ataque cardíaco nessas horas, e considerando uma série de outros fatores, o amanhã é um mistério.
Recentemente sobrevivi sem muitos danos a um acidente na estrada. Havia uma pequena árvore caída na rodovia, era noite. Naquele momento a vida e a morte passaram como um relâmpago diante de mim. Como a vida é curta. Ontem eu era um menino, hoje ainda sou um pequeno aprendiz. Vários anos se passaram e parece que foi como um dia. De fato a morte e a vida trazem reflexões importantes. Salomão dizia que é interessante o ambiente do velório porque proporciona esse tipo de reflexão. Hoje considero esse tema e alguns questionamentos me vem:
Seria, considerando a brevidade da vida como a conhecemos, o dia de hoje o mais importante? E, nesse caso, o que farei com essas preciosas horas?
Jesus ensinou a vigiar e orar todos os dias, porque não conhecemos o dia em que virá. Não podemos saber nem o dia de amanhã. Certa vez ele contou uma parábola sobre um homem rico que ajuntou muita riqueza sem se importar com os outros e no final morreu sem nada aproveitar, deixando seus bens para desconhecidos.
Afinal, que sentido faz a corrida por riquezas e bens, desprezando as pessoas ou usando essas coisas numa tentativa vazia de parecer melhor? É engraçado que muitas das discussões em família por exemplo são por futilidades. Estudos recentes mostram que as pessoas em geral gastam muito com a vaidade, compram muitas coisas que não seriam necessárias.
A questão do clima agora se levanta no cenário mundial. Mas será que o progresso da entropia que leva ao colapso da vida neste planeta ainda pode ser barrado? Alguns estão buscando refúgio em Marte. A morte paira diante da humanidade. Quem está preparado para ela?
Felizmente para nós que cremos em Cristo existe esperança. Ele é a ressurreição e a vida. A Bíblia prevê que este mundo como o conhecemos não vai muito longe. O que combina com o quadro visualizado pela Ciência hoje. E diante da brevidade da vida pela sua fragilidade, a oferta de vida eterna que Cristo ainda faz a cada ser humano é bem interessante e deveria ser levada mais a sério, você não acha?
Tudo isso me leva cada dia a pensar mais nas pessoas ao meu redor e menos nos meus interesses particulares, como Cristo ensinou em palavras e atos. Valorizar meus pais e meus amigos, ajudar os menos favorecidos. Descobri que minha dor pode ser a dor do outro e por isso a forma de enfrentá-la pode servir para ajudar a aliviar essa dor. Mas o mais incrível nisso é que Cristo sofreu toda nossa dor ao viver aqui, e por isso mesmo sabe e compreende a minha e a tua dor, por mais dura que seja. E está atento, ouvindo. Tenho tido a felicidade de derramar a alma diante dele e receber seu alento. Deus  sofre com nossa dor, e nenhum fardo é pesado demais para ele. Temos hoje o privilégio de orar a ele e deixar em suas mãos toda a nossa ansiedade. Porque ele tem cuidado de nós. Sim, ele tem cuidado de nós, mais ainda do que uma mãe pelo filho.
Diante da realidade da morte, vejo como sou pequeno e como a vida em toda sua loucura e milhões de situações e interesses é nada. Nada… Mas em Cristo vejo sentido, propósito. Ele tem as chaves da vida e da morte! É a ressurreição e a vida! Por mais dura ou efêmera que esta vida seja, nele temos vida eterna! Já parou para considerar isso?
De que adianta ao homem passar por cima dos outros, correndo atrás de dinheiro e poder, e no final morrer perdido para sempre? Perder a vida eterna? Compensa? Sem contar que ele pode ser cobrado por suas trapaças aqui mesmo. Sem contar que ele pode passar a vida ajuntando riquezas e morrer perdido sem nada aproveitar, como o homem da parábola.
Afinal, eu estou lhe contando isso porque talvez você ainda não parou para pensar no assunto, e não quero que perca essa oportunidade ímpar. As pessoas as vezes questionam o porquê de tanta miséria e desgraça nesse mundo. Porque tanta corrupção? Será que Deus não vê isso? Alguns dos motivos são justamente o desperdício, a ganância e a vaidade de muitos, que atuam como sanguessugas minando os recursos que resolveriam a miséria e a fome no mundo. E muitos são ateus justamente por essas e outras questões semelhantes. Mas deixe eu lhe contar um segredinho:
Deus está vendo tudo. E está agindo. Sua misericórdia está atuando. A oportunidade de vida eterna em Cristo também se estende aos políticos corruptos e outros tantos que andam perdidos mundo a fora. Todo aquele que se arrepende e o busca. Mas a misericórdia e a graça tem limites. A vida é, como dissemos, um sopro. Amanhã pode ser tarde demais. Por isso é extremamente importante escolher hoje a vida e o bem. Rejeitar a morte e o mal.
Esse mundo é um lugar de dor e morte, mas em breve virá o dia quando Cristo dará fim nesse estado de coisas. Naquele dia os inocentes que sofreram e tantos que tiveram uma vida muitas vezes desgraçada em dor e sofrimento pela injustiça social, muitos que morreram jovens em fatalidades, muitos com os quais a vida aqui não foi justa, mas viveram na luz que Deus lhes deu, na esperança do dia de Cristo, ressurgirão da morte para a vida eterna no reino da glória! Diante da eternidade e daquela glória inimaginável, esta vida sofrida e breve daqui será considerada como nada… E os perdidos ficarão guardados na morte até o dia do juízo final.
Você vê muita injustiça e dor neste mundo? Cristo ensinou a gente a mitigar e aliviar essa dor tanto quanto possível. Por isso nos proveu riquezas e meios, para sermos colaboradores dele nesse trabalho. Tudo o que fazemos ou deixamos de fazer a esses pequeninos ele considera como se o fizéssemos a ele. Que privilégio! Quanta responsabilidade! Ele atua no mundo por meio das pessoas, daqueles que chamou. E seu chamado se estende agora mesmo a você, se ainda não havia ouvido. E talvez pela segunda ou terceira vez. Existe um propósito supremo para a vida humana: derramar vida em outras vidas, ser agente de esperança, multiplicando esperança e levando amor a outros. Hoje compartilho minha esperança contigo. E o segredo é passar a diante.
Cristo com sua morte comprou-nos a vida eterna. Portanto, não devemos temer a morte. E se estivermos com Cristo, morrer é lucro! Somente um descanso tranquilo até a manhã gloriosa da ressurreição! Considerou a proposta de vida eterna dele? Quero te ver no reino vindouro hein!
A paz de Cristo esteja contigo!

Referências
Bíblia.
Caminho a Cristo; Ellen G. White; Casa Publicadora Brasileira.
Atualidades.

segunda-feira, 9 de março de 2015

Entre a Vida e a Morte


Num lugar estranho, longe de casa, longe da família. Escravo. Sua pátria devastada. Sua cidade natal queimada. Apenas três amigos estavam ali, partilhando a mesma sorte. O que você faria diante de uma situação assim? Há pessoas que se matariam, outros se lamentariam muito. Jovem, toda a vida pela frente. Um exilado. Ele, porém, era diferente. Não caiu em depressão. Não ficou xingando seus algozes, nem maldizendo a vida. Levantou a cabeça e lutou. Mas sua luta não foi com armas, nem com conspirações. Nenhuma opção humana natural. Não. Absolutamente!
Daniel. Esse é o nome dele. Um hebreu longe de sua família e de sua terra, vivendo na Babilônia a partir do ano 605 a.C. Seus amigos chamavam-se Ananias, Misael e Azarias.
Apenas chegaram ali, já enfrentaram um teste muito sério. E por mais incrível que pareça, tinha que ver com… comida! O rei Nabucodonosor, muito bem-intencionado, mandou servir a todos os jovens aprendizes sua própria comida. Eles comeriam o mesmo cardápio que era servido na mesa real. Olha que honra diante de uma corte estranha! Só que não para os nossos jovens em questão. Para eles era uma situação delicada e embaraçosa.
Ocorre que Daniel e seus amigos eram adoradores do Deus do céu. Hebreus de berço. Eles não comiam aquelas carnes que foram tiradas do cardápio da humanidade desde o Gênesis (Gênesis 7:2), posteriormente relacionadas e especificadas para os israelitas no deserto, após a saída do Egito (Levítico 11). É fato que Deus deu ao homem alimentação vegetariana (Gênesis 1:29), posteriormente dando a carne como alimento após a devastação da vegetação do planeta pelo dilúvio (Gênesis 9:3). Hoje sabemos que a alimentação vegetariana é o ideal, pois supre todas as necessidades do organismo e preserva melhor o mesmo. Rejuvenesce, proporciona melhor acuidade mental e evita maior número de doenças. Daniel sabia que era o melhor. Não tinha todo o conhecimento científico do assunto que temos hoje, mas sabia porque tinha o conhecimento do Pentateuco. E compreendia que as regras de Deus eram para evitar doenças e outros males que havia em outras nações (Deuteronômio 7:11 a 15). Não admira que Daniel e seus amigos tenham escolhido o regime vegetariano: o ideal.
Mas o fato é que eles tinham o dilema de comer a comida que o rei comia, o que incluía não somente carne de todo tipo como também bebida alcoólica. Ou eles eram fiéis ao seu Deus e buscavam uma alternativa, ou deixavam de lado seus princípios e simplesmente comiam. Afinal, estavam em uma terra estranha, não havia ninguém para ver o que estavam fazendo. Nenhum sacerdote ou líder religioso. Nem os parentes. Aliás, eles não eram os únicos hebreus ali. Havia muitos outros que foram deportados com eles. E esses… esses estavam comendo! Os únicos a procurar uma alternativa foram eles. Jovens corajosos, eles tomaram uma decisão surpreendente:
“Daniel resolveu que não ficaria impuro por comer a comida e beber o vinho que o rei dava; por isso, foi pedir a Aspenaz que o ajudasse a cumprir o que havia resolvido.” Daniel 1:8. NTLH
Mas Aspenaz tinha medo do rei. Este havia determinado a comida deles, da melhor que ele tinha a oferecer. De sua própria mesa. Seria uma afronta um pedido desses. Aspenaz temeu a pena de morte, e com razão. Mas entendeu Daniel. Daniel foi então falar com o encarregado da comida. Este teve a mesma preocupação. E se o rei ver que vocês estão mais fracos e pálidos que os outros? Vou ser castigado. Daniel então propôs um teste de dez dias, apenas com uma alimentação vegetariana e água para beber. Com isso o oficial concordou. O teste de dez dias começou. No final a surpresa.
“Passados os dez dias, os quatro jovens israelitas estavam mais sadios e mais fortes do que os jovens que comiam a comida do rei. Aí o guarda tirou a comida e o vinho que deviam ser servidos aos quatro jovens e só lhes dava legumes para comer.” Daniel 1:15 e 16. NTLH
Que coisa linda. O fato é que o organismo humano sempre foi o que é. E o que é bom para a saúde não mudou com o tempo. É maravilhoso perceber que Deus nos criou e deixou a orientação básica para nossa saúde e felicidade registrada. No início, na história do Gênesis, o conhecimento era transmitido de pai a filho pela tradição oral. Depois, a partir de Moisés, registrada no livro sagrado. Os princípios básicos estão lá. Mas vamos deixar essa questão agora, afinal apresentei essa questão apenas como uma introdução sobre esses jovens extraordinários. Que na verdade de extraordinários não tinham nada mais que a fidelidade ao seu Deus acima de tudo. E quando digo tudo é absolutamente tudo. Eles buscavam a excelência em tudo.
Outro fato importante nessa história é que Daniel e seus amigos foram muito honrados por sua fidelidade. Veja só:
“Deus deu aos quatro jovens um conhecimento profundo dos escritos e das ciências dos babilônios, mas a Daniel deu também o dom de explicar visões e sonhos. (…) E entre todos não havia quem se comparasse com Daniel, Ananias, Misael e Azarias. Por isso, ficaram trabalhando no palácio. (…) Os quatro eram dez vezes mais inteligentes do que todos os sábios e adivinhos de toda a Babilônia.” Daniel 1:19 e 20. NTLH
Que bênção é seguir as orientações divinas! Ele diz: “…respeitarei os que me respeitam, mas desprezarei os que me desprezam.” I Samuel 2:30. NTLH
Esse foi o primeiro teste deles naquela terra estranha. Ali sua fidelidade e sua fé em Deus e sua orientação foram pela primeira vez provadas. Mas eles ainda enfrentariam outros desafios.
Um belo dia o rei Nabucodonosor mandou levantar uma estátua, e lá estavam aqueles três amigos de Daniel. O rei deu ordem a todos para adorar a estátua de ouro. E eles ficaram de pé! A coragem daqueles jovens é admirável, visto que a pena por não adorar era ser queimado vivo! Havia uma fornalha, e o rei determinara que quem não adorasse seria jogado no fogo. Mas aqueles três ficaram de pé! Então aqueles que ali estavam, junto do rei, foram denunciar.
Sabe rei, existem uns judeus que fizeram puco de ti e desprezaram tua ordem. Eles não adoram teus nem prestam culto aos teus deuses e não adoraram a estátua que mandaste construir em tua honra. O rei rapidamente mandou chamar os três. Eles vieram. Então ele disse que não tinha problema, eles podiam ficar tranquilos que ele mandaria a fanfarra real tocar novamente e quando ouvissem a música, eles poderiam adorar e estava tudo certo.
Agora a resposta deles é digna de nota:
“Ó rei, nós não vamos nos defender. Pois, se o nosso Deus, a quem adoramos, quiser, ele poderá nos salvar da fornalha e nos livrar do seu poder, ó rei. E mesmo que o nosso Deus não nos salve, o senhor pode ficar sabendo que não prestaremos culto ao seu deus, nem adoraremos a estátua de ouro que o senhor mandou fazer.” Daniel 3:16 a 18. NTLH
O rei ficou tão furioso que mandou aquecer sete vezes mais o fogo e jogar os três lá dentro. Os guardas que os jogaram morreram somente com o calor da porta da fornalha. E Deus resolveu livrar aqueles jovens. Além disso, Jesus esteve lá com eles. O rei viu um quarto homem ali que era semelhante ao filho dos deuses. Então os chamou para fora e honrou a eles e ao Deus deles.
Entre a vida e a morte aqueles três escolheram a morte para honrar a Deus. Fiéis até a morte. Lembro-me das palavras do próprio Cristo:
“Quem ama o seu pai ou a sua mãe mais do que a mim não merece ser meu seguidor. Quem ama o seu filho ou a sua filha mais do que a mim não merece ser meu seguidor. Não serve para ser meu seguidor quem não estiver pronto para morrer como eu vou morrer e me acompanhar. Quem procura os seus próprios interesses nunca terá a vida verdadeira; mas quem esquece a si mesmo, porque é meu seguidor, terá a vida verdadeira.” Mateus 10:37 a 39
“Quem ama a sua vida não terá a vida verdadeira; mas quem não se apega à sua vida, neste mundo, ganhará para sempre a vida verdadeira. Quem quiser me servir siga-me; e, onde eu estiver, ali também estará este meu servo. E o meu Pai honrará todos os que me servem.” joão 12:25 e 26
“Ninguém tem maior amor pelos seus amigos do que aquele que dá a sua vida por eles.” João 15:13
“Eu afirmo a vocês, meus amigos: não tenham medo daqueles que matam o corpo, mas depois não podem fazer mais nada. Vou mostrar a vocês de quem devem ter medo: tenham medo de Deus, que, depois de matar o corpo, tem poder para jogar a pessoa no inferno. Sim, repito: tenham medo de Deus. Por acaso não é verdade que cinco passarinhos são vendidos por algumas moedinhas? No entanto Deus não esquece nenhum deles. Até os fios dos cabelos de vocês estão todos contados. Não tenham medo, pois vocês valem mais do que muitos passarinhos!” Lucas 12:4 a 7. NTLH
Queridos, Deus nos amou de tal forma que enviou Jesus para sofrer a morte que era nossa e nos abrir novamente as portas da eternidade. Cristo deu a vida por seus amigos. E joão entendeu que seus discípulos devem dar a vida pelos irmãos. I João 3:16
Tempos difíceis esses em que vivemos. Maldade e corrupção por todo lugar. Mas ao longo da história eu percebo que não foi muito diferente. Daniel e seus amigos tiveram de escolher entre a vida e a morte para permanecer fiéis. E eles foram fiéis até a morte. Fiéis a Deus acima de tudo. Fiéis em seu trabalho, na política de Babilônia. Eles trabalhavam no palácio. Que exemplo!
Hoje uma questão que afeta todo ser humano mais cedo ou mais tarde em toda esfera social é a mesma que aqueles jovens destemidos enfrentaram: ser fiéis aos princípios, à verdadeira justiça, mesmo diate da morte. Ou ceder. Ser cristão e seguir a Cristo é também preferir morrer a se deixar corromper ou compactuar com o crime.
Mas quem está disposto a pagar o preço? Esse é o preço do discipulado. A promessa bíblica é essa que Jesus nos deixou:
“Quem ama a sua vida não terá a vida verdadeira; mas quem não se apega à sua vida, neste mundo, ganhará para sempre a vida verdadeira. Quem quiser me servir siga-me; e, onde eu estiver, ali também estará este meu servo. E o meu Pai honrará todos os que me servem.” joão 12:25 e 26. NTLH
Jesus viveu e morreu por um mundo mais humano e justo, onde as pessoas se importem mais com os semelhantes, e nos garante um futuro eterno com ele em breve. Quem está disposto a deixar tudo e segui-lo? Mesmo até a morte? A questão é que deixar de ser fiel a Deus é ganhar a vida aqui, mas perder a vida eterna. E ser fiel seguindo a Cristo até a morte aqui é garantir aquela vida e ter sua consciência tranquila. A decisão é pessoal. Paradoxal: ganhar o mundo todo e perder a alma adianta? E perder o mundo mas ganhar a alma?
O fato é que o evangelho de Cristo implica em uma cruz. Daniel e seus amigos eram fiéis e preferiam morrer a se deixar corromper ou compactuar com coisas erradas. Jesus também. Houve muitos outros:
“…os quais pela fé conquistaram reinos, praticaram a justiça, alcançaram o cumprimento de promessas, fecharam a boca de leões, apagaram o poder do fogo e escaparam do fio da espada; da fraqueza tiraram forças, tornaram-se poderosos na batalha e puseram em fuga exércitos estrangeiros. Houve mulheres que, pela ressurreição, tiveram de volta os seus mortos. Uns foram torturados e recusaram ser libertados, para poderem alcançar uma ressurreição superior; outros enfrentaram zombaria e açoites; outros ainda foram acorrentados e colocados na prisão, apedrejados, serrados ao meio, postos à prova, mortos ao fio da espada. Andaram errantes, vestidos de pele de ovelhas e de cabras, necessitados, afligidos e maltratados. O mundo não era digno deles. Vagaram pelos desertos e montes, pelas cavernas e grutas. Todos estes receberam bom testemunho por meio da fé; no entanto, nenhum deles recebeu o que havia sido prometido. Deus havia planejado algo melhor para nós, para que conosco fossem eles aperfeiçoados.” Hebreus 11:33 a 40 – grifo meu. NVI
Paulo também morreu em Roma porque era um arauto do evangelho. E de lá para cá muitos outros deram a vida por Cristo. Não posso afirmar que esteja pronto para isso, mas tenho provado e visto que esse Deus que se revela pelas Escrituras é real. Ele já me salvou literalmente algumas vezes. E se algum dia tiver de deparar uma situação assim, busco a ele a fim de que, nesse dia, eu esteja pronto para honrá-lo como ele merece.
Há uma citação de uma autora norte-americana nesse tema que gosto muito:
“A maior necessidade do mundo é a de homens – homens que não se comprem nem se vendam; homens que no íntimo da alma sejam verdadeiros e honestos; homens que não temam chamar o pecado pelo seu nome exato; homens, cuja consciência seja tão fiel ao dever como a bússola o é ao polo; homens que permaneçam firmes pelo que é reto, ainda que caiam os céus.” Educação, capítulo 7 – Ellen G. White
A paz de Cristo esteja contigo!

Referências
Bíblia – A Bíblia em Ordem Cronológica; Nova Tradução na Linguagem de Hoje; Nova Versão Internacional.

Educação – Ellen G. White. Ed.: Casa Publicadora Brasileira.

terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

Regra Áurea - Um pouco mais além...

Essa regra é famosa. Fazer aos outros o que você gostaria que fizessem a você. Simples. Mas não é tão simples como possa parecer. Descobri isso recentemente. Imagina só: um casal faz exatamente isso: cada um trata o outro como gostaria de ser tratado, e os dois vivem se desentendendo. Pode? Pior que pode.
Me dei conta disso ao ler o livro “As Cinco Linguagens do Amor”. Simples, objetivo, fundamentado em muitas experiências empíricas.
Resumindo: cada um de nós tem uma linguagem emocional. Um fica superfeliz com um abraço. Se tiver isso já ganhou o dia. Outro passa o dia todo com um elogio sincero. Ainda outro se sente assim com um presente dado de coração, mesmo que seja uma simples folha. E por aí vai. Isso é só um exemplo. Uma pessoa pode se sentir igualmente realizada emocionalmente com duas dessas coisas, e eu não exemplifiquei todas. Dessa forma você pode fazer exatamente o que gostaria que fizessem a você e não estar fazendo o que o outro gostaria que fizessem a ele. Percebe?
O livro é muito bom. E com certeza ajuda bastante a resolver conflitos desse tipo. Vale a pena a leitura.
Algo interessante sobre o amor é que você pode aplicar o princípio de Cristo:
“Dêem, e lhes será dado: uma boa medida, calcada, sacudida e transbordante será dada a vocês...” Lucas 6:38
É interessante ler o livro e pensar nesse verso dentro do contexto. E voialá! Milagres podem acontecer.

A paz de Cristo esteja contigo!

domingo, 1 de fevereiro de 2015

Reflexos...

No último dia 28 participei de uma palestra de motivação que foi ministrada aos funcionários da área de educação aqui na minha cidade. Uma das coisas que me chamou a atenção foi essa colocação:
“A motivação precisa ser pessoal.”
Isso é algo realmente importante. Se a pessoa está motivada por um princípio de vida, ela consegue ir muito mais longe, produzir muito mais e com mais qualidade. A palestra foi muito proveitosa. O palestrante é renomado em sua área de atuação. E transmitiu os conceitos muito bem. Mas aqui não vou repetir aqueles conceitos. A frase que me marcou mais foi essa que acabo de citar, mas em relação a esse assunto, já venho meditando nele há algum tempo, e me é inevitável pensar nisso e não me lembrar de uma pessoa. Aquele que foi o maior motivador de todos os tempos: Cristo, o messias.
Tenho meditado ultimamente em minha vida em geral e estou vivendo uma experiência que gostaria de compartilhar. Cristo, o messias, ele é meu modelo. Me fascina, me inspira, me encanta. Afinal de contas, porque fazer o meu melhor mesmo em condições desfavoráveis? Porque se importar? O que isso faz de diferença? Em minha vida pessoal tenho alguns problemas, e percebi que o maior deles está relacionado a essas questões. Eu estava levando uma vida razoável, tranquila. Sem se importar muito com nada. Sem me dedicar inteiramente a nenhum propósito. Apenas levando a vida. Mas um belo dia eu comecei a meditar em Cristo.
Cristo, ele que, sendo Deus, e tendo seu reino celestial, onde estava cercado de servidores que o amam e sempre lhe dedicaram louvor e adoração, vivendo sempre para servi-lo como resposta ao seu amor. Fico imaginando como era isso. O céu. Sem calor, sem suor, sem sede ou fome, nem sombra de dor ou qualquer leve traço de dificuldade que existe nesse mundo. E cercado de anjos leais e fiéis que o serviam sempre. Cânticos arrebatadores que não existe música na terra capaz de chegar perto. Porque um rei deixaria um trono assim tão extraordinário? E para quê?
Enfim, Cristo, embora subsistindo em forma de Deus, não julgou como usurpação ser igual a Deus, mas a si mesmo se humilhou, assumindo a forma de servo. (Filipenses 2) E, sendo obediente até a morte, sofreu por trinta e três anos aqui neste mundo mal. Agora, pensa por um momento, imagina o que deve ser para um rei assim tão majestoso deixar o trono, a adoração dos anjos, sua própria glória divina e, humilhado ao máximo, assumir o corpo de um ser humano, sofrendo sede, fome, dor, maus tratos, e ser obediente até a morte. Para quê? Porque? Para dar a nós, seres humanos, a oportunidade de morar lá no céu com ele, partilhando a glória de Deus, livres de toda dor e sofrimento. Por que nos amou mais que sua própria vida. Isso é para mim o maior amor do Universo. E o maior exemplo.
Mas afinal, o que uma coisa tem a ver com a outra? Ocorre que a minha motivação pessoal vem daí. Há pouco tempo eu consegui animar alguém e ver a alegria e gratidão daquela pessoa, e isso mexeu comigo. Uma alegria e satisfação brotou. Um sentimento bom. Eu já havia lido sobre isso. E sempre procuro ajudar pessoas, desde que tive contato com o evangelho do Reino, mas nunca tinha parado para meditar no assunto nem havia me sentido tocado assim. Qual era a alegria do salvador? Qual era sua motivação? Ver o bem das pessoas, salvar. O amor era a mola propulsora que o levava a se mover em íntima compaixão pelo próximo. Seu pagamento? A alegria e felicidade que fazia brotar naqueles que curava e salvava. A satisfação de poder partilhar a eternidade com eles e os anjos.
Hoje minha vida está mudando mais porque esse amor de Cristo está me levando a amar mais as pessoas. O trabalho pode ser cansativo ou as vezes tedioso, mas o que me motiva agora é ter a grata satisfação de poder fazer o dia de alguém mais feliz, poder servir melhor, ser uma bênção na vida daqueles que se beneficiam desse trabalho.
A Assistência Social Adventista tem por missão “mudar o mundo, uma vida de cada vez”. E esse é um pensamento maravilhoso que reflete bem o exemplo de nosso salvador.
Há uma grande bênção em viver para servir. É uma verdadeira satisfação poder fazer a diferença na vida de outros como resultado do seu trabalho. Estou descobrindo isso. Está me fazendo muito bem.
O cristianismo é basicamente isso. Amar na prática, sem esperar nada, apenas para ver o bem do outro. Isso como resultado do contato com Cristo. E como isso faz diferença! Em tudo. Significa renunciar muitas coisas particulares, deixar muitas coisas pessoais e pensar mais nos outros. Mas vale muito a pena. Olhar para Cristo e meditar na vida dele é uma grande bênção.
Todos temos muito potencial. Habilidades que se desenvolvidas trarão grandes bênçãos ao mundo. O que faremos com elas? Usaremos para a promoção pessoal ou para mudar vidas? Já parou para pensar na bênção que é desenvolver todo o potencial para a glória de Deus a fim de abençoar outros com o seu trabalho?
Não importa onde, se na igreja ou na escola, em casa, na universidade ou trabalho, fazer isso vai exigir tempo e dedicação. Isso vai significar abrir mão de coisas particulares e interesses pessoais. Sacrifício. Renúncia. Cristo, o rei do Universo, humilhou-se e se sacrificou, sendo obediente até a morte, por amor de nós. Ele deu sua vida por nós, e devemos dar a vida por nossos irmãos. (I João 3:16) Isso não quer dizer simplesmente morrer, tem um significado mais profundo. É viver para servir, como ele fez. Abrir mão de interesses particulares para ver o bem do outro, fazer o melhor, dedicar tempo e recursos para salvar pessoas. Porquê? Como extensão do amor de Deus nesse mundo.
Faz algum tempo que comecei a pensar assim, partindo do exemplo do mestre. E isso tem sido uma bênção em minha vida. A felicidade de doar é maior do que a de receber. E por isso mesmo sigo nesse caminho, porque afinal, parece que a missão dada por Cristo começa a fazer todo o sentido. Qual é a alegria de que ele falou? “Tenho lhes dito estas palavras para que a minha alegria esteja em vocês e a alegria de vocês seja completa.” João 15:11 Que alegria é essa que deseja para todos nós?

A paz de Cristo esteja contigo.