O que esses nobres autores têm em
comum? Uma das coisas é certamente o talento literário. Literatura fantástica.
Paolini é discípulo de Tolkien nesse aspecto, trazendo em seu texto muitos
elementos da pena deste último, inclusive criando uma língua especial que é
base de todo seu enredo. Lewis também, por influência de Tolkien, teve sua vida
levada a uma trajetória diferente. Mas há algo mais em comum entre todos eles, que
está inserido na literatura fantástica e que também é tema controverso no
mundo. A realidade da morte!
A literatura fantástica é muito
empolgante e, assim, já li a série O Senhor dos Anéis, O Hobbit, As Crônicas de
Nárnia e O Ciclo da Herança. Esses títulos, aliás, trazem muita coisa no
contexto. Tratam de questões políticas, num enredo que aborda questões
importantes no contexto geopolítico. Mas dentre toda a filosofia no enredo das
obras desses autores, o assunto da morte me chamou a atenção porque cada um
deles aborda o tema de formas distintas.
Tolkien coloca um exército de
mortos vagando em uma montanha até cumprir uma promessa para ser liberados ao
paraíso ou algum outro lugar. Isso parece com a ideia do purgatório, que
basicamente afirma que algumas pessoas ficam se purificando num lugar depois da
morte para então ascender ao céu. E transmite a ideia de que a morte é uma
passagem para outra realidade, outro tipo de vida. Isso fica bem evidente na
morte de Gandalf. E há outros detalhes. Mas, vamos considerar a ideia de vida
após a morte, que é bem nítida na literatura fantástica deste autor.
Lewis aborda o assunto em suas
crônicas de modo semelhante, relatando já no final da narrativa que, Pedro,
Edmundo e alguns outros da família morrem num acidente de trem e logo em
seguida se encontram no país de Aslam, sendo informado que a vinda desta vez é
definitiva porque o barulho e clarão na estação de trem foi um acidente fatal
para eles. Ele considera a morte como uma passagem para outra realidade, outra
vida. E, no final, todos reunidos observam lá do país de Aslam Suzana, que
ainda vivia na Terra.
Paolini faz seus personagens
conversarem sobre o tema em vários pontos de vista. Um dos pontos levanta a
possibilidade da vida após a morte, e o outro a possibilidade de entrar no
vazio. Deixar de existir, sem nenhuma outra realidade ou vida por vir. Este
ponto é mais enfatizado na trama. Pareceu-me enfatizar um pouco a ideia de que
esta vida é a única realidade e depois da morte a pessoa deixa de existir para
sempre, o que é apresentado como crença dos elfos que tinham muitas vantagens e
muito conhecimento.
Os livros são ficção, porém Lewis
foi intencional em suas crônicas no sentido de fazer paralelos com o
cristianismo. Isso é muito evidente na trama e as ligações estão no
relacionamento e dependência de Aslam, bem como em outros detalhes. Tolkien e
Paolini se limitam a produzir histórias e deixar os leitores fruir as mesmas.
Porém, é muito interessante essa relação entre as formas como o tema da morte
em suas obras encontra paralelos nas teorias existentes hoje.
O fato é que a morte é mesmo um
assunto intrigante a todos nós. E as questões levantadas nessas obras, e outras
relacionadas, martelam em todas as mentes. O que ocorre na morte? Será uma
passagem para outra existência como sugerem Lewis e Tolkien? Será o fim da vida
de forma definitiva, sem nenhuma existência por vir? Entrar no vazio, como
questiona Paolini?
Essas questões trazem outras à
tona. Vamos pensar num Deus criador do Universo. E agora, como consequência da
maldade, ele permite as pessoas morrerem. Mas os maus que não se arrependem são
levados a um lugar de eterno tormento ao morrer, e os outros são levados para
um lugar melhor, livres de sofrimento. Que Deus seria esse? Essa é a
perspectiva da vida após a morte, com o céu e o inferno. Um passaporte para
outra vida, outra existência, exatamente na morte, desta forma, o que seria?
Aqui temos dois problemas, e eles estão tanto no paraíso como no inferno de
tormento. Quem seria feliz no céu vendo seus queridos sofrendo aqui neste mundo
todos os dias? E que pai condenaria filhos rebeldes ao tormento eterno, por
mais que seus crimes fossem graves? Será que esse ser poderia ser considerado
um pai?
De fato, a ideia de vida imediata
após a morte tem algumas perspectivas difíceis, em qualquer lado, tanto no
paraíso como no inferno. Esta ideia do inferno eterno é capaz de levar pessoas
sensíveis à depressão e problemas relacionados. Seria justo um Deus que
atormenta eternamente milhões de perdidos na morte? Não acredito que seriam
felizes pessoas no paraíso vendo seus queridos sofrendo aqui na terra.
Morrer e deixar de existir. Esta
perspectiva também não é legal, mas ainda é melhor que a outra. Ao menos o
sofrimento não existe mais. Porém já parou para pensar o que é deixar de
existir, nunca mais acordar? Nada mais além desta vida aqui? Sim, muitas
pessoas pensam assim, e por isso vivem de forma frenética em busca de prazeres
e outras tantas coisas porque afinal, é somente isso aqui e nada mais. É como
viver em contagem regressiva.
Recentemente falei sobre a morte
aqui, e coloquei vários detalhes não explicados. De fato, o Deus bíblico nos dá
uma terceira perspectiva. E ela tem elementos das duas teorias apresentadas nas
entrelinhas por esses nobres autores supracitados. A Bíblia é a revelação de
Deus para nós, cristãos. Também existem muitos manuscritos originais da Bíblia,
mais do que qualquer outro pensador como Platão e Sócrates, por exemplo. Os
manuscritos dos originais bíblicos são abundantes e comprovam a veracidade do
texto que temos hoje. Mas não para por aí, a arqueologia tem comprovado
detalhes históricos deste livro milenar e derrubado críticas diversas. Além
disso, as suas profecias se cumprem século após século com precisão.
Mas de todos os detalhes, eu
tenho provado e visto o poder desse Deus criador em minha própria experiência
diária, como se pode ver no último post deste blog. E, na Bíblia, a morte
é apresentada pelo senhor da vida, Cristo, de forma bem clara. Nos evangelhos,
ele fala de ressurreição, o meio pelo qual trará os mortos à vida e os levará
depois ao céu. Na morte de Lázaro, também compara a morte ao sono – João 11:11
a 14. De fato, Cristo concorda aí com o Antigo Testamento, onde se lê
claramente:
"Sim, os vivos sabem que vão
morrer, mas os mortos não sabem nada. Eles não vão receber mais nada e estão
completamente esquecidos. Os seus amores, os seus ódios, as suas paixões, tudo
isso morreu com eles. Nunca mais tomarão parte naquilo que acontece neste
mundo. Tudo o que você tiver de fazer faça o melhor que puder, pois no mundo
dos mortos não se faz nada, e ali não existe pensamento, nem conhecimento, nem
sabedoria. E é para lá que você vai." Eclesiastes 9:5,6 e 10
A ideia da morte como um estado
de total inconsciência, semelhante ao sono, é também apresentada por Daniel
(12:2) e repetida por Paulo (I Tessalonicenses 4:13).
Uma grande controvérsia gira em
torno dos textos onde Cristo fala do juízo. Ensina que no juízo os perversos
serão queimados no inferno de fogo. Há um detalhe nesse assunto, porém, que
aparece em Mateus 25:41. O fogo eterno foi preparado para o Diabo e seus anjos.
Não para o homem. Deus nos ama e quer salvar a todos. Mas os rebeldes que
preferirem o mal serão deixados com o Diabo e seus anjos, autores do mal. No
mesmo capítulo, no verso 46, ele ensina que os bons irão para a vida eterna e
os maus para o castigo eterno. Jesus coloca esse juízo, porém, após sua vinda.
Isso pode ser visto neste mesmo capítulo de Mateus, onde fala da ressurreição
quando vier. E mesmo para os perdidos que sofrerão o castigo eterno, a Bíblia
denomina isso como a segunda morte, que é o lago de fogo – Apocalipse 21:8.
Ora, em se tratando de morte, a segunda morte, não pode ser uma vida eterna de
tormentos no fogo, certo? E é exatamente isso o que a Bíblia confirma. O texto
é Malaquias 4:1 a 3. Refere-se ao lago de fogo, onde os maus serão queimados, e
afirma claramente que os salvos pisarão as cinzas dos mesmos. E que não restará
raiz nem ramo deles.
Para maiores detalhes sobre as
revelações do livro sagrado a respeito da morte e tudo o que se relaciona com
este tema, é essencial um estudo mais profundo das Escrituras.
Coloco-me à sua disposição. Você
também pode fazer algum dos cursos bíblicos nos links disponíveis no topo do
blog.
Na perspectiva bíblica, a morte é
como mergulhar no vazio, sem consciência, deixar de existir. Mas somente até o
dia da ressurreição. Naquele dia, Cristo diz que todos, bons e maus, ouvirão a
sua voz e sairão, uns para a ressurreição da vida e outros para a ressurreição
da condenação ou juízo – João 5:28 e 29. Ele confirma o ensino de Daniel 12:2.
A Bíblia nos esclarece que Cristo levará em sua vinda os salvos para viver com
ele para sempre em seu reino eterno – Mateus 25. E ali já não haverá mais
morte, nem tristeza, nem choro, nem dor! Apocalipse 21:4 Na perspectiva da vida
no céu imediatamente após a morte fica meio complicado não haver tristeza sendo
que as pessoas estariam vendo seus queridos a sofrer neste mundo. E, neste
caso, porque haveria necessidade de ressurreição dos mortos? Não estariam todos
no céu ou no inferno? De fato, esta ideia contradiz diretamente o ensino
bíblico de Jesus e dos profetas.
Este Jesus é aquele que morreu e
ressuscitou! Senhor da morte e da vida. Aquele que, mais do que ninguém, sabe
exatamente o que ocorre na morte. Não somente isso, mas também é poderoso
salvador. Está agora mesmo a disposição de cada ser humano. E a notícia mais
extraordinária é que, não importa se a vida aqui não seja justa ou se a morte
seja trágica, não importa o que agora nos aflige aqui. Este mesmo Jesus virá em
breve, e trará com ele da sepultura, sim, como ele mesmo afirmou, do sono da
morte, do vazio, trará seus filhos à vida! E com ele reinarão para sempre!
Imortais, numa realidade a ser estabelecida então. Um reino onde não haverá
mais vestígio de dor, tristeza nem morte.
O ensino bíblico deixa claro que
esta realidade de sofrimento e dor no mundo será extinta com a próxima vinda de
Cristo. Que esta terra será transformada, o juízo será executado para os maus
impenitentes, acompanhados de Satanás e seus anjos, que serão exterminados para
sempre no lago de fogo, como já mostrado acima. Ou seja, não restará vestígio
de dor, sofrimento nem morte. Tudo isso terá acabado para sempre.
Esperança. Esperança de vida além
da morte. De um mundo melhor e mais, reunidos com milhões de pessoas, parentes,
amigos e outros, desde o início deste mundo, para sempre! Sim, não é conto de
fadas, mas é para sempre.
Não, não vamos a lugar nenhum ao
morrer. Simplesmente deixamos de existir por um tempo, até o dia da
ressurreição. Morte de inocentes, tragédias que por vezes nos chocam e tantas
vidas perdidas nessa loucura que vivemos no mundo presente. Deus vê, e ele está
apelando a cada um de nós todos os dias. Está apelando a você que está lendo
agora. Sim, você. A vida está em Cristo, e nele, mesmo a morte é um inimigo
vencido. Não assusta mais, porque ele é a ressurreição e a vida. Por isso
Paulo, o apóstolo, dizia que morrer é lucro. Porque em Cristo, a morte não é o
fim. Nele há vida, vida eterna! Para todos nós. Agora mesmo. O mal hoje não
escolhe suas vítimas, mas todo aquele que estiver ligado a Cristo tem a vida
eterna!
Querido amigo leitor, eu espero
sinceramente levar esperança e paz por meio do evangelho de Cristo a cada
pessoa que leia esta mensagem e sinceramente esteja lutando com essas questões
tão cruciais da nossa existência. Esta esperança é real. Ela me mantém hoje
tranquilo, mesmo diante dos maiores desafios. Primeiro porque sei tanto pela
revelação bíblica como pela sua atuação no meu dia a dia que Cristo é real. Ele
é real. Podemos falar com ele em qualquer momento por meio da oração. E ele nos
fala por meio da Palavra, da natureza e em nosso coração. E nas horas mais
difíceis, clamar a ele fez a diferença entre a vida e a morte para mim. Tanto
quanto para decidir e ter sabedoria diante de coisas diversas.
Talvez o mais lindo seja o fato
de que existe um Deus, que não é um tirano que põe pessoas no inferno a arder
pela eternidade, nem fica olhando pronto para castigar-nos ao menor desvio.
Não! Absolutamente! Ele é o melhor amigo. Alguém que está ansioso por
socorrer-nos e guiar por um caminho excelente, aos portais eternos, à vida
eterna! Sua Palavra tem o poder de prolongar a vida, proporcionar paz
inabalável, caráter íntegro, e outras tantas bênçãos, àqueles que a obedecem.
É fato que nosso mundo agoniza.
Outro dia um amigo postou no Facebook uma preocupação. Muito tempo de sol
quente no inverno. Coisa estranha. A ciência comprova que o planeta não vai
muito longe. Não suportará a civilização por muito mais tempo. A entropia está
consumindo este canto do Universo onde moramos ano após ano. Isso é fato
observado. Agora veja só que coisa incrível Paulo afirmou séculos atrás:
"Eu penso que o que sofremos
durante a nossa vida não pode ser comparado, de modo nenhum, com a glória que
nos será revelada no futuro. O Universo todo espera com muita impaciência o
momento em que Deus vai revelar o que os seus filhos realmente são. Pois o
Universo se tornou inútil, não pela sua própria vontade, mas porque Deus quis
que fosse assim. Porém existe esta esperança: um dia o próprio Universo ficará
livre do poder destruidor que o mantém escravo e tomará parte na gloriosa
liberdade dos filhos de Deus. Pois sabemos que até agora o Universo todo
geme e sofre como uma mulher que está em trabalho de parto." Romanos 8:18 a
22 – grifo meu.
O mesmo Deus criador também é
restaurador. A Bíblia também ensina que o mal teve início em uma escolha
humana, e por nossas escolhas se espalhou e chegou ao ponto onde estamos agora.
Sendo que o próprio Universo está sofrendo as consequências disso. O que
resulta na entropia. Degeneração gradual. Ao contrário da teoria evolutiva,
observamos que o Universo está em processo de morte, de colapso, e não de
evolução, ou melhora, aperfeiçoamento. O mesmo pode ser observado em relação à
raça humana. Ao longo dos séculos ficamos mais suscetíveis a doenças, mais
fracos, e não mais fortes. A morte está sobre este mundo. Da perspectiva
bíblica, Deus é a vida, e por meio de Cristo tudo se mantém no Universo –
Hebreus 1:2 e 3; Colossenses 1:15 a 17. Mas Deus abomina o pecado e, à medida
que nos afastamos dele por meio deste, reina a morte.
Porém, não é o fim. O Senhor está
vindo em breve! Dará fim ao pecado e à morte. E restaurará todas as coisas.
Haverá novo céu e nova terra. Universo livre. Renovado. (Apocalipse 21) O mesmo
criador que tudo criou é poderoso para restaurar. Está agindo agora nesse processo.
Apenas aguarda seus filhos ainda perdidos, para salvá-los. O ensino bíblico da
morte traz um alerta: esta vida é a única chance de salvação. A morte é
imprevisível, por isso é preciso se preparar hoje.
“Cada pessoa tem de morrer uma
vez só e depois ser julgada por Deus.” Hebreus 9:27
Quem quer ver e tomar parte nesse
futuro glorioso? Espero encontrar todos lá. A glória do dia eterno está muito
próxima. Um estudo das profecias bíblicas que ainda não aconteceram revela
isso.
Uma semana de paz a você! E que o
amor de Deus o alcance a cada dia.
A paz de Cristo esteja contigo!
Referências
Bíblia – Nova Tradução na Linguagem de
Hoje
Ciclo da Herança – Christopher Paolini
O Senhor dos Anéis e O Hobbit – J. R. R.
Tolkien
As Crônicas de Nárnia – C. S. Lewis









