terça-feira, 9 de abril de 2013

O Maior Tesouro do Universo


Quando contemplo, na natureza, o alegre canto das aves e a melodia da noite no sítio; vejo como os pequenos animais e bichinhos vivem felizes, alegres, enchendo o ar de música. Isso me lembra de um momento em que Jesus, olhando para as cenas felizes e calmas da natureza, falou da riqueza maravilhosa que gozam os passarinhos, sem a nossa angústia e estresse louco diário atrás de bens e outras coisas. Eles simplesmente passam os dias em alegres melodias, se relacionando uns com os outros e colhendo seu alimento, sem se preocupar com a colheita ou armazenamento, e de nada têm falta, porque Deus supre suas necessidades. As plantas são lindas, e existem muitas que, como o lírio, superam as maiores grifes de moda, em sua beleza. Do mesmo modo que cuida dos animais e das plantas, Deus nos dá condições de termos o suficiente para viver, sem necessidade de se estressar e ficar ansiosos por isso. Podemos desfrutar a vida como os passarinhos, colocando Deus em primeiro lugar em nosso coração e confiando nele. Deixando a ansiedade com ele. Jesus nos assegura de que Deus dá muito mais valor a nós, tanto que deu o Filho para morrer afim de assegurar nossa felicidade eterna. Dessa forma podemos confiar a ele nossas preocupações e ele suprirá nossas necessidades. (Mateus 6:24 a 34)
Abraão, Isaque, Jó, entre outros, tiveram muitas riquezas materiais, e são exemplos bíblicos de pessoas que andaram com Deus. Ele não condena a prosperidade. Mas a forma como lidamos com ela. Essa semana em nosso guia de estudo da Bíblia estudamos mais um tema apresentado no livro de Oseias: amor e julgamento, o dilema de Deus. Oseias trabalhou entre 750 e 725 a.C. Visivelmente, Israel, dirigido por Jeroboão II, foi próspero e bem-sucedido, mais do que em qualquer época desde Davi e Salomão. Apesar da proeminência exterior, Israel estava fragilizado espiritual e moralmente. Eles estavam praticando adoração idólatra, adultério, embriaguez e sacrifício de crianças. Havia muita cobiça, violência e avareza. Um panorama não muito diferente da nossa realidade atual.
Aparentemente a humanidade está só em seus conflitos sociais. Mas a revelação bíblica nos mostra que Deus é juiz justo, e está atento e atuante na história humana. O livro de Oseias mostra que ele enviou o profeta para advertir o povo, e eles sabiam que Deus esperava que abandonassem suas práticas erradas e voltassem a ele afim de melhorar sua situação, mas não quiseram. Então foi permitido que a guerra devastasse o país e que seus inimigos de outros reinos os levassem cativos para outros países. Muitos morreram. A fome, a escravidão, e outros tantos sofrimentos foram o resultado de sua teimosia. Mas Deus foi misericordioso, e não permitiu que a desolação fosse total. Eles foram perdendo seu domínio gradualmente, tendo chances de se voltar a Deus no processo, até que foram espalhados por todo o mundo. Poderia ter sido bem diferente. Eles poderiam ter se arrependido, praticado a justiça e buscado a Deus, como fez o rei Ezequias de Jerusalém. Deus teria protegido eles, e enviaria os anjos para ajudar se necessário, como fez com Ezequias. (Isaías 36 e 37)
A Bíblia apresenta um Deus de amor, misericórdia e justiça. Um Deus que nos dá liberdade, mas quando a usamos para o mal e isso se generaliza tanto na sociedade que chega ao extremo, ele intervém. Há limite para o pecado humano. O povo antes do dilúvio; as cidades de Sodoma, Gomorra, Admá e Zeboim; os cananeus e outros diversos povos antigos; e até mesmo o povo de Israel, que Deus honrou e ao qual se revelou, todos eles ouviram a advertência para abandonarem suas práticas malignas, de uma forma ou de outra, mas como preferiram o mal, dado o limite, sofreram o juízo. Hoje não é diferente, e o próprio Cristo disse que Jerusalém sofreria o juízo divino por seus crimes, e do templo não ficaria pedra sobre pedra. (Mateus 24:1 e 2) Isso aconteceu alguns anos depois da morte dele. O povo, quando o condenou, pediu para ser responsabilizado pela sua morte: “Que o castigo por esta morte caia sobre nós e sobre os nossos filhos!” (Mateus 27:25). Isso aconteceu com eles na destruição de Jerusalém, onde chegaram a praticar canibalismo quando a cidade foi sitiada, devido à falta de alimento. Mas mesmo então Deus enviou alguém para avisar, e os seguidores de Jesus confiaram em sua advertência e saíram antes da tragédia. E depois, no tempo de Hitler, quando os judeus foram massacrados em campos de concentração, em experiências científicas e outros horrores do holocausto. A maldição que tomaram sobre si foi terrível, mas mesmo em meio dela Deus enviou muitas pessoas para ajudar, e dessa forma muitos foram salvos.
Deus ainda julga com justiça, e hoje temos as profecias que apontam para um tempo próximo, quando a sociedade mundial vai atingir novamente o limite do pecado. Mas dessa vez Jesus virá pôr fim a esse mundo de desgraça e sofrimento, e estabelecer seu reino de paz e justiça para sempre. Nós temos liberdade para escolher o bem ou o mal, e isso nos trouxe até a presente situação onde mais uma vez a maldade começa a reinar no meio social. Como Oseias advertiu o antigo Israel, somos advertidos agora a abandonar o mal e trabalhar em favor do bem da sociedade, vivendo por Jesus, sendo pessoas de honra, para sermos participantes da glória do reino de Cristo em breve. Mesmo nesse contexto difícil em que vivemos, a prática do evangelho de Jesus promove uma vida de paz e onde a prosperidade pode ser desfrutada com equilíbrio, sem avareza. Dessa forma teremos a aprovação de Deus e sua proteção.
Quando Cristo fala das aves e dos lírios, ele menciona a comida, a bebida e as vestes. E não precisamos de mais do que isso para viver. Não há problema em ser rico, e é possível conciliar o evangelho com a prosperidade, mas precisamos ter cuidado para não cair no mesmo problema de Israel ao prosperar, dando lugar ao pecado e esquecendo de Deus, trazendo o juízo dele sobre nós como consequência de nossa maldade, como eles e muitos outros grupos fizeram. Como Israel no passado, Deus ainda espera por nós. Ele não tem prazer no juízo, mas não pode permitir que a injustiça reine. Por mais pecador que alguém seja, ele está disposto a restaurar e perdoar, mas precisamos ir a ele e buscar a cura. Depois permanecer ligados a ele, mantendo seu amor em nossa mente, ao meditar na vida de Cristo, para continuar crescendo e vencendo o pecado.
Deus nos deu um tesouro mais valioso do que qualquer riqueza, e do meu ponto de vista o ser humano mais rico não é o que tem mais dinheiro, mas aquele que tem a vida eterna em Cristo. Eu escolhi Jesus, e não estou preocupado com a riqueza. Porque o maior tesouro do Universo Deus entregou por nós: Jesus Cristo. E com ele nos dá gratuitamente todas as coisas. Tenho hoje a riqueza simples da flor e das aves: uma vida de paz, sem ansiedade, pela confiança no amor de Deus. Não tenho quase nada de material, mas tenho o suficiente. Se um dia vier a ter riqueza material desfrutarei isso, mas não tenho a ambição da riqueza. A única coisa que vou levar para a eternidade é o amor de Deus em meu coração, e isso basta para mim. Mas não pense que estou dizendo que é pecado desejar a prosperidade. O pecado é a avareza. Estou dizendo apenas que estou satisfeito com o suficiente para viver, mas esse sou eu.
Sabemos que Deus age em todas as coisas para o bem daqueles que o amam, dos que foram chamados de acordo com o seu propósito. Que diremos, pois, diante dessas coisas? Se Deus é por nós, quem será contra nós? Aquele que não poupou seu próprio Filho, mas o entregou por todos nós, como não nos dará juntamente com ele, e de graça, todas as coisas? Quem fará alguma acusação contra os escolhidos de Deus? É Deus quem os justifica. Quem os condenará? Foi Cristo Jesus quem morreu; e mais, que ressuscitou e está a direita de Deus, e também intercede por nós. Quem nos separará do amor de Cristo? Será tribulação, ou angústia, ou perseguição, ou fome, ou nudez, ou perigo, ou espada? Como está escrito: 'Por amor de ti enfrentamos a morte todos os dias; somos considerados como ovelhas destinadas ao matadouro'. Mas, em todas estas coisas somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou. Pois estou convencido de que nem morte nem vida, nem anjos nem demônios, nem o presente nem o futuro, nem quaisquer poderes, nem altura nem profundidade, nem qualquer outra coisa na criação será capaz de nos separar do amor de Deus que está em Cristo Jesus, nosso Senhor.” (Romanos 8:28, 31 a 39)
Esse mundo com toda sua glória, riqueza, cobiça, corrupção e maldade passará, “mas aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre” (I João 2:17). Eu não vejo riqueza maior que aquela que Deus nos dá, gratuitamente, em Cristo Jesus. Riqueza de uma vida de paz aqui e uma vida eterna no futuro. O amor de Deus supera qualquer coisa, e ele é nosso por meio de Cristo. A riqueza de uma vida marcada pelo amor de Jesus, com a certeza do cuidado e segurança que só ele pode dar, não tem preço! Uma pessoa abençoada com riqueza tal distribui alegria, paz e amor por onde passa. Jesus nos convida a descansar nele. Ao seguir seus ensinos, por seu poder, ele vive em nosso coração, e sua vida emana em nossa vida, produzindo uma riqueza que não tem preço! Vida eterna! Deus é justo, ele conhece nossa dor nesse mundo injusto e cruel, mas isso não é o fim. Ele abre a cada ser humano o céu e a eternidade. Em Cristo há vida abundante: agora e na eternidade! Ele é a ressurreição e a vida!
A paz esteja contigo!


Referências


Caminho a Cristo – Ellen G. White
Profetas e Reis – Ellen G. White
Parábolas de Jesus – Ellen G. White
Lição da Escola Sabatina, 2º trimestre de 2013
Bíblia – Nova Versão Internacional e Nova Tradução na Linguagem de Hoje

2 comentários:

  1. Respostas
    1. Olá, o amor de Jesus me encanta e me leva a admirá-lo dia a dia, tento transmitir um pouquinho dessa realidade aqui...

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