terça-feira, 23 de abril de 2013

Ajude Nossas Crianças Indígenas


Certa vez perguntaram a Jesus: quem é o meu próximo? E ele respondeu contando um fato ocorrido naquela região, a história do bom samaritano. Um judeu havia sido atacado por salteadores no caminho e um samaritano, que os judeus consideravam imundos e desprezavam, parou e cuidou dele. O Evangelho de Cristo é prático.
Certo homem, disse Ele, descia de Jerusalém para Jericó. O caminho era íngreme e pedregoso, através de uma região deserta e agreste. No meio da viagem foi assaltado por ladrões e despojado de tudo o que levava. Bateram nele e deixaram-no ferido e quase morto. Enquanto ali estava, desceram pela mesma estrada, primeiro um sacerdote e depois um levita do templo de Jerusalém, mas, em vez de ajudá-lo, passaram pelo outro lado do caminho, ignorando-o. Esses homens haviam sido escolhidos para ministrar no templo de Deus e deveriam ser como o Senhor a quem serviam, cheios de bondade e misericórdia, mas seus corações eram frios e insensíveis.
Depois de certo tempo, um samaritano se aproximou. Os samaritanos eram desprezados e odiados pelos judeus. Os que pertenciam a esse povo nada recebiam dos judeus, nem mesmo água para beber ou um pedaço de pão. Mas o samaritano não parou para pensar nisso. Nem mesmo cogitou que os assaltantes ainda poderiam estar por perto espreitando o caminho. Ali sofria o pobre homem, sangrando e quase morto. O samaritano tirou a túnica e nela envolveu o ferido. Deu-lhe bebida e tratou seus ferimentos com azeite. Depois colocou-o sobre o animal e levou-o a uma hospedaria, onde cuidou dele a noite toda. No dia seguinte, antes de partir, pagou ao hospedeiro para que cuidasse dele até que se recuperasse. Assim narrou o fato; depois, voltando-se para o doutor da lei, perguntou-lhe: “Qual destes três te parece ter sido o próximo do homem que caiu nas mãos dos salteadores?” O doutor respondeu: “O que usou de misericórdia para com ele.” Disse-lhe então Jesus: “Vai e procede tu de igual modo.” Lucas 10:36, 37. ”1
Hoje vi uma iniciativa da ONG Atini. Os primeiros habitantes de nosso país são os índios, e hoje eles estão com sérios problemas de território em constantes lutas com fazendeiros pela posse de suas terras, que vêm diminuindo. Nesse contexto, a ONG Atini encontrou um problema sério que me chocou e chamou muito a atenção: o descaso com as crianças indígenas. Segundo a ONG não há condições dignas de saúde entre eles, e o índice de morte infantil é muito alto, até quatro vezes maior que a média nacional porque não há cuidados médicos básicos para as crianças. Numa tentativa de mudar isso a ONG fez um abaixo assinado na web para cobrar os cuidados médicos necessários do governo brasileiro. O abaixo assinado circula nas redes sociais desde sexta-feira, 19 de abril de 2013, dia do índio.
Eu já assinei o abaixo assinado, porque todo ser humano, de toda raça e cor, merece ser tratado com dignidade e respeito, como meu Mestre demonstrou. Você pode ajudar assinando também. Assine aqui.
A paz de Cristo esteja contigo!


Referências

Change.org
1 – Vida de Jesus, Ellen G. White

quarta-feira, 17 de abril de 2013

A Maior Rede Social do Universo


A web nos deu a oportunidade de estar sempre ligados a pessoas, em qualquer lugar no mundo. Online conversamos com amigos e compartilhamos muitas coisas. Temos várias redes sociais onde interagir. Ainda sou meio leigo nesse assunto, mas já estou ligado a algumas redes, e tenho usado as ferramentas de integração para compartilhar ao mesmo tempo em mais de uma rede algo que tenha me interessado. Há o aspecto positivo e o aspecto negativo das redes, mas o assunto de que trato agora tem que ver com a parte boa da rede: a comunicação facilitada e rápida. Redes como Facebook faturam milhões com propagandas por ter tanta gente ligada nelas.
Há uma rede social tão antiga quanto a humanidade, algo de fato extraordinário, que está disponível a todos nós. Uma rede gratuita e ao mesmo tempo extremamente útil e necessária. Nossas redes sociais surgiram da distância e da necessidade de facilitar a comunicação. Essa rede também surgiu quando a distância passou a existir e ela se fez necessária. Antes do pecado Deus falava pessoalmente com Adão e Eva. Depois do pecado contaminar nosso mundo Deus não falou mais diretamente com o ser humano. A partir daí ele começou a utilizar profetas para se comunicar e nós precisamos orar a ele. Diferente das nossas redes sociais, o “lucro” que Deus tem com sua rede de comunicação conosco é nossa felicidade e segurança.
Deus nunca abandonou o ser humano. Jesus se dispôs a pagar o preço com seu sangue para que nós tivéssemos livre acesso a Deus e à eternidade novamente. Deus estabeleceu sua rede de comunicação conosco de várias formas: “Antigamente, por meio dos profetas, Deus falou muitas vezes e de muitas maneiras aos nossos antepassados, mas nestes últimos tempos ele nos falou por meio do seu Filho...” (Hebreus 1:1 e 2). A Bíblia é o registro de toda a informação fundamental que Deus nos deu por meio dos profetas. Nela encontramos também a revelação de Jesus, que sendo “o resplendor da glória de Deus e a expressão exata do seu ser” (Hebreus 1:3), nos mostrou o caráter de Deus em sua vida, em suas palavras, com seu jeito de ser, porque quem vê o Filho vê o Pai (João 14:7 a 9). Por meio dos profetas Deus revelou-se em figuras e sombras, mas em Jesus ele se revelou de forma completa. Ele literalmente veio viver entre nós. Havia ruídos de comunicação em relação aos profetas, mas quando Deus enviou Jesus, sua comunicação foi perfeita. “Ninguém nunca viu Deus. Somente o Filho único, que é Deus e está ao lado do Pai, foi quem nos mostrou quem é Deus.” (João 1:18)
Através da revelação bíblica podemos aprender com Cristo a orar a Deus e estar sempre ligados com ele por meio de Cristo. Para permanecer ligados a Deus em oração precisamos orar em nome de Jesus, porque ele é nosso advogado junto a Deus. (João 14:13 e 14; I João 2:1) Não há nenhum intermediário além de Jesus no céu intercedendo por nós. (I Timóteo 2:5) Esse é o trabalho de Cristo e nossa grande vantagem é contar com ele. Jesus é como a web nas redes sociais, ele é a ponte que permite nossa ligação com o Pai e dessa forma temos acesso direto a Deus.
A oração é o abrir do coração a Deus como a um amigo. Jesus orava desde pequeno. Passava horas meditando no amor de Deus em meio à natureza, estudando as Escrituras e orando. Em seu ministério aprofundou ainda mais a comunicação com o Pai por meio da oração. Orava em momentos especiais desde o anoitecer até próximo de seis horas da manhã (Mateus 14:23 a 25), orava de madrugada (Marcos 1:35), orava para que Deus abençoasse as crianças (Mateus 19:13 e 14), tinha hábito de orar em lugares desertos (Lucas 5:16), passava a noite em oração antes de decisões muito importantes (Lucas 6:12 e 13). Na transfiguração, quando Jesus deixou sua divindade resplandecer diante dos discípulos, ele estava reunido com eles em oração. Ali o Pai falou com eles, dizendo para ouvir Jesus, seu Filho amado. (Lucas 9:28 a 36) Nosso mestre, mesmo sendo Deus Conosco, dedicou-se inteiramente ao Pai e manteve-se conectado com ele sempre, por meio da oração. Se ele, mesmo subsistindo em forma de Deus (Filipenses 2:6), precisou buscar tanto o poder de Deus por meio da comunhão com o Pai, as vezes a noite inteira, em oração, para cumprir sua missão, que devemos fazer nós, pecadores, para vencer o mal em seu poder?
Os discípulos sempre viam Jesus orando, e sua ligação com Deus era tão maravilhosa que eles pediram para que os ensinasse a orar. Ele então lhes deu um modelo, a oração do Pai Nosso (Lucas 11:1 a 4; Mateus 6:5 a 15). Nessa oração o Mestre ensinou a reconhecer a santidade de Deus em oração, pedir pelas necessidades básicas, pedir perdão pelos nossos pecados, pedir para que nos proteja da tentação e pedir pela vinda de seu Reino. Nesse contexto ele explicou que precisamos perdoar os outros antes de pedir perdão a Deus, porque Deus não perdoa quem não perdoa os outros; que não devemos fazer orações decoradas mas dizer o que precisamos, porque Deus conhece nossas necessidades; que precisamos perseverar na oração, como um amigo importuno, porque Deus está mais disposto a nos atender do que os pais aos filhos; que devemos orar insistentemente pelo poder do Espírito Santo, porque Deus está ansioso para atender esse pedido (Lucas 11:13).
Jesus ensinou-nos a orar em seu nome: porque ele é nosso advogado diante de Deus (I João 2:1) e porque ninguém chega a Deus se não for por meio dele: ele é o caminho para o Pai (João 14:14 e 14:6). Orar em seu nome também tem outro aspecto. O nome de alguém no contexto hebreu carregava seu caráter, e isso quer dizer que orar em nome de Jesus significa pedir coisas que ele aprova. Isso também explica porque Deus não atende as orações que não satisfazem essa condição (Tiago 4:1 a 4). O pecado, que é a desobediência à lei (I João 3:4), nos separa de Deus e bloqueia nossa conexão com ele, para que não atenda nossas orações (Isaías 59:2), e a oração daqueles que desprezam a lei de Deus é abominável a ele (Provérbios 28:9).
Tenho orado a Deus em nome de Jesus há um bom tempo, e em resposta Deus já me deu muitas bênçãos. Oro também por você que lê o que escrevo, para que Deus o abençoe. Mas há uma experiência que quero compartilhar contigo sobre a oração. Como eu disse aqui, há orações que Deus atende imediatamente, quando pedimos que nos livre do mal, em momentos como esse que aconteceu comigo. Isso também é verdade em relação à orações pedindo perdão por nossos pecados sinceramente, e pedindo poder para não pecar. Quando eu morava no sítio com meus pais, há alguns anos, havia uma família que morava próximo de nós. Uma mãe com alguns filhos. O mais velho começou a ter pesadelos e, um dia, sonâmbulo, quase matou o irmão que dormia próximo. A mãe viu e impediu. Os meninos começaram a ver coisas perto de casa, no sítio deles, durante o dia. A mãe ficou sem saber o que fazer. Naquela semana eu passei lá e ela me contou isso, então ensinei ela e os filhos a orar, pedindo proteção de Deus para o dia e para a noite, antes de dormir e ao acordar. As coisas voltaram ao normal e o menino não teve mais sonambulismo. O sonambulismo é um pouco misterioso, mas Deus pode proteger. E podemos buscar sua proteção em oração. Como disse aqui, existem anjos de Deus e anjos caídos lutando agora mesmo por nós. Os anjos caídos estão prontos a causar todo tipo de desgraça, inclusive problemas como o que aconteceu com o menino sonâmbulo que mencionei. Eles não oravam. E se não estamos protegidos por Deus em oração, ficamos à mercê dos anjos malignos. Orar em meu ponto de vista é uma necessidade urgente, e sem oração mesmo o maior esquema de segurança e até o lugar mais tranquilo é perigoso, porque como diz a Escritura, se Deus não guardar a cidade, em vão vigia a sentinela (Salmos 127:1).
Jesus orava sempre, às vezes a noite inteira. A oração é uma das formas de estarmos ligados com Deus, e nosso privilégio. Vivo sempre conectado com Jesus por meio da oração. Quando há problemas, elevo o pensamento em oração pedindo luz para encontrar uma solução. Quando saio, oro por proteção. Em provas e outras atividades tem sido maravilhoso poder contar com Jesus para lembrar de coisas necessárias e ter calma, elevando o pensamento a Deus em oração. Na verdade não posso conceber minha vida sem oração. Essa ligação me mantém sempre online com Deus, o dia todo. Aprendi com Cristo a aproveitar a bênção da oração diariamente, e elevar também o pensamento em gratidão a Deus por meio da oração.
A oração que Jesus nos ensinou não é bicho de sete cabeças, é simples, e eficiente. Trata-se de falar a Deus como a um amigo. Esse foi um dos segredos de seu sucesso em sua missão e ministério. A oração é o meio que Deus deu ao homem depois do pecado para estar sempre ligado com ele, e obter auxílio sempre que necessário. Abrir o coração a Deus tem sido uma experiência maravilhosa em minha vida, juntamente com o estudo da Palavra. Assim Deus fala comigo por meio da Palavra e eu falo com ele pela oração. A rede social de Deus desde o início é constituída de oração e meditação. Dessa forma ele capacitou os profetas e deu poder a seus filhos de todos os tempos. Através do estudo da Escritura Sagrada e da oração nosso Senhor Jesus esteve sempre perto do Pai, recebendo poder para cumprir sua missão. Nessa rede também protegemos uns aos outros, orando uns pelos outros, para que Deus abençoe as pessoas. Deus não interfere na nossa liberdade de escolha, mas a oração intercessora de amigos lhe dá oportunidade de interferir para o bem de alguém porque outras pessoas estão pedindo. Assim temos o poder de abençoar outros por meio da oração. O amor de Jesus abriu o céu a nós, e em seu maravilhoso amor hoje ele intercede por nós e nos dá a oportunidade de estarmos conectados a Deus em oração e se unir a ele pedindo as bênçãos de Deus a outros.
A paz esteja contigo!


Referências


Vida de Jesus – Ellen G. White
Bíblia: Nova Tradução na Linguagem de Hoje, Almeida Revista e Atualizada e Nova Versão Internacional

sexta-feira, 12 de abril de 2013

Regras?


Todo aparelho eletrônico, toda máquina, tem um manual de operação do fabricante. A vida útil de determinada máquina ou aparelho eletrônico depende da forma como as instruções do fabricante são seguidas ou não. Os carros têm seu tipo de combustível, de óleo, e uma série de outros requisitos a serem atendidos para evitar o desgaste prematuro e até um dano grave. Ninguém em sã consciência abastece um veículo movido à gasolina com álcool ou outra substância.
Quando leio a narrativa do evangelho, vejo como Jesus amava profundamente o ser humano. Por onde passava levantava o abatido, curava o doente. Imagino o Mestre observando as pessoas, procurando lançar vida na alma, restaurar o coração, afim de que sua vida fluísse neles, como rios de água viva. Nesse contexto suas palavras ganham sentido mais profundo ao tratar do aspecto moral. Ele diz claramente: “Não pensem que eu vim para acabar com a lei de Moisés ou com os ensinamentos dos profetas. Não vim para acabar com eles, mas para dar o seu sentido completo. Eu afirmo a vocês que isso é verdade: enquanto o céu e a terra durarem, nada será tirado da lei – nem a menor letra, nem qualquer acento. E assim será até o fim de todas as coisas. Portanto, qualquer um que desobedecer ao menor mandamento e ensinar os outros a fazerem o mesmo será considerado o menor no Reino do Céu. Por outro lado, quem obedecer à lei e ensinar os outros a fazerem o mesmo será considerado grande no Reino do Céu.” (Mateus 5:17 a 19). Assim como os manuais dos fabricantes têm as regras que garantem a utilidade do produto por mais tempo em melhores condições, ao criar o ser humano, Deus nos deu regras para nossa felicidade, saúde e bem-estar. Os mandamentos a que Cristo se refere nesse discurso são os dez mandamentos da lei moral. Ele enfatiza e aprofunda a aplicação prática dos últimos, que tratam do nosso relacionamento com o outro: Não matarás (Mateus 5:21 a 26), não adulterarás (Mateus 5:27 a 32), destacando a prática do amor ao próximo, mesmo quando ele não merece isso, sem exaltação própria; ele mostra que a forma como tratamos nosso próximo é determinante para sermos perdoados por Deus (Mateus 5:33 a 6:18).
O quarto mandamento da lei moral, que trata da santidade do sábado, era carregado de regras no tempo de Cristo. Era proibido até carregar uma agulha, andar mais que determinada quilometragem, entre outros absurdos. Devido a esses exageros, escribas e fariseus estavam constantemente criticando Jesus, acusando-o de quebrar a lei do sábado. Jesus curava no sábado os doentes, e num dia em que estavam longe de casa e sem comida aprovou a ação dos discípulos, ao colherem trigo com as mãos para comer na hora, devido à fome, quando passavam por uma plantação de trigo. (Mateus 12:1 a 8) Havia uma lei em Israel que alguém poderia colher o que pudesse carregar na mão para comer ao passar em uma plantação. Então o acusaram por ser sábado. Jesus disse: “...a nossa lei permite ajudar os outros no sábado” (Mateus 12:12). Em nenhum momento ele invalidou o mandamento. Jamais o encontraremos trabalhando para seu próprio sustento no sábado, violando o mandamento (Êxodo 20:8 a 11), o que seria motivo de crítica avassaladora, já que seus inimigos o criticavam até por curar pessoas nesse dia. Há quem diga que Jesus estabeleceu a santificação do domingo em lugar do sábado por causa da sua ressurreição, mas essa é uma grande falácia, visto que não há nenhuma referência a essa mudança nos evangelhos, pelo contrário, ele deu a cerimônia da Santa Ceia como ritual a ser feito em memória de sua morte e ressurreição (Lucas 22:14 a 20); e Paulo nos informa que o batismo também foi dado pelo mestre como símbolo da sua aliança conosco por meio da morte e ressurreição dele, de forma que morremos para uma vida de pecado e vivemos uma nova vida em obediência à lei pela graça de Jesus (Romanos 6:1 a 14). Os evangelhos, escritos alguns anos depois da morte de Jesus, não registram nenhuma mudança em relação ao sábado do quarto mandamento, antes enfatizam como todos os seguidores do Mestre o respeitavam, tanto que sua mãe e outras mulheres deixaram de ungir seu corpo na sexta-feira à tarde (dia da preparação para o sábado) porque começava o sábado (o dia era contado do pôr-do-sol de sexta-feira ao pôr-do-sol de sábado) “E no sábado elas descansaram, conforme a lei manda.” (Lucas 23:54 a 56) Foram no domingo de manhã ao sepulcro para ungi-lo (Lucas 24:1).
Jesus estabelece a obediência aos mandamentos como fruto do nosso amor a ele e a Deus, assim como ele mesmo fez (João 14:21 e 15:10), isso “para que a sua alegria esteja em nós e a nossa alegria seja completa” (João 15:11). Por meio dele, em seu poder, como resultado de nosso relacionamento com ele, temos condições de obedecer aos seus mandamentos, “porque sem ele nada podemos fazer” (João 15:5). Dessa forma Jesus nos deixa muito claro que “o amor ao próximo é o cumprimento da lei” (Romanos 13:8 a 10). Isso ele demonstrou de forma bem enfática em sua vida, provando que a prática da lei é a maior necessidade da humanidade.
Diferente das nossas leis, que embora sendo necessárias e úteis podem ser também falhas e injustas, Jesus nos mostra por sua palavra e prática de vida que a lei de Deus, expressa em seus dez mandamentos, é santa, justa e boa (Romanos 7:12). Base do caráter de Deus, tão sagrada quanto ele mesmo, é o conjunto de regras de amor que Jesus nos deu para nossa felicidade completa (João 15:11).
Anulamos, pois, a lei pela fé? Não, de maneira nenhuma! Antes, confirmamos a lei.” (Romanos 3:31) Paulo esclarece que somos pecadores e impotentes para obedecer a lei moral, mas não precisamos ficar desesperados, porque Jesus pagou com seu sangue por nossos pecados e nos perdoa. Dessa forma Deus nos aceita e justifica por meio de Jesus e, mantendo comunhão com ele, o Espírito Santo produz a obediência exigida pela lei em nós. Assim nós conseguimos vencer o pecado, unindo nossos esforços ao poder divino. Nos tornamos filhos de Deus e herdeiros da vida eterna. (Romanos 7:14 a 8:17; Gálatas 5:22 e 23)
A lei moral ainda é frequentemente confundida com a lei cerimonial que regia os sacrifícios e a circuncisão, e constava de ordenanças a respeito de rituais, várias festas e dias festivos comemorados pelos judeus. Tudo isso era figura e sombra do sacrifício de Jesus e deixou de valer com sua morte. As igrejas de Éfeso e da Galácia estavam com sérios problemas porque os judeus cristãos queriam impor a prática da lei cerimonial nessas igrejas. Por isso Paulo escreveu as cartas de Efésios e Gálatas. Gálatas 3:17 nos diz claramente que essa lei foi dada 430 anos depois de Abraão, por meio de Moisés. A lei moral dos dez mandamentos, ao contrário, é encontrada antes mesmo do pecado, no Gênesis, quando Deus descansa, abençoa e santifica o sábado do quarto mandamento (Gênesis 2:1 a 3; Êxodo 20:8 a 11; Hebreus 4:1 a 11). Na Carta aos Gálatas Paulo os exorta a viver em obediência à lei moral dos dez mandamentos, fundamentada no amor (Gálatas 5:13 a 26), por meio da fé em Cristo e não baseados na lei da circuncisão, com seus ritos e cerimonias (Gálatas 5:2 a 12). Eles estavam deixando essa prática do evangelho de Jesus para praticar a lei cerimonial e obter a salvação por seus próprios méritos, porque alguns estavam pervertendo o evangelho de Cristo. (Gálatas 1:6 a 9) A mesma situação encontramos no livro de Efésios, onde ele enfatiza a prática da lei moral com o poder do evangelho e explica a nulidade da lei cerimonial, que constava de ordenanças (Efésios 2:15). Ele advertiu que, depois de sua morte, na própria igreja se levantariam pessoas “falando coisas pervertidas para arrastar os discípulos atrás deles” (Atos 20:29 e 30)
Nosso senhor Jesus Cristo é um exemplo perfeito de obediência aos mandamentos da lei moral. Ele nos ensinou a fazer o mesmo. Os apóstolos, como Jesus, ensinaram as pessoas a praticar os mandamentos da lei moral pela fé em Cristo, com o poder do Espírito Santo, amando o próximo. Assim como Jesus exaltou a lei moral acima da tradição de seu tempo (Mateus 15:1 a 20), os apóstolos exaltaram a mesma prática em detrimento da prática de cerimônias sacrificais e da circuncisão, que os judeus queriam impor aos cristãos, coisas que eram símbolos da morte de Jesus e tiveram seu fim com a cruz, onde Jesus “aboliu a lei dos mandamentos na forma de ordenanças” (Efésios 2:15) (rituais de sacrifícios do santuário e festas baseadas na morte dos cordeiros). Posteriormente, o culto e adoração a imagens dos santos, a compra do perdão por meio de indulgências, a santificação do domingo em lugar do sábado bíblico (decretado por Constantino em 321 d.C. e adotado pela igreja em 364 d.C., no Concílio da Calcedônia), entre outras diversas práticas, foram adotadas pela igreja cristã, cumprindo a profecia de Paulo (Atos 20:29 e 30). Os dez mandamentos bíblicos foram então alterados (compare-se Êxodo 20:3 a 17 com o catecismo), omitindo-se o segundo mandamento (Êxodo 20:4 a 6), substituindo o sábado pelo domingo (Êxodo 4:8 a 11) e dividindo-se o décimo em dois para suprir a falta do segundo (Êxodo 20:17). As igrejas que surgiram da reforma ainda ensinam a santificação dominical em lugar do sábado, seguindo a tradição da igreja de Roma.
Jesus nos dá o exemplo de fidelidade a Deus. Ele obedeceu aos mandamentos, acima de tradições humanas, e nos disse para fazer o mesmo por amor a ele (João 14:21). Somente por meio dele e seguindo seu exemplo, podemos chegar a Deus. Ele é o caminho para o céu (João 14:6). Os discípulos também nos ensinam a obedecer a Deus acima de tudo (Atos 5:29). E João nos exorta a seguir o exemplo de Jesus, vivendo como ele viveu, guardando seus mandamentos (I João 2:4 a 7). O evangelho nos apresenta a lei moral, regras dadas por Deus desde o princípio do mundo para nossa própria felicidade e vida. Ele é nosso criador e sabe o que é melhor para nossa vida.
A paz esteja contigo!


Referências


Bíblia – Nova Tradução na Linguagem de Hoje; Almeida Revista e Atualizada.
Visões do Céu – Ellen G. White.

terça-feira, 9 de abril de 2013

O Maior Tesouro do Universo


Quando contemplo, na natureza, o alegre canto das aves e a melodia da noite no sítio; vejo como os pequenos animais e bichinhos vivem felizes, alegres, enchendo o ar de música. Isso me lembra de um momento em que Jesus, olhando para as cenas felizes e calmas da natureza, falou da riqueza maravilhosa que gozam os passarinhos, sem a nossa angústia e estresse louco diário atrás de bens e outras coisas. Eles simplesmente passam os dias em alegres melodias, se relacionando uns com os outros e colhendo seu alimento, sem se preocupar com a colheita ou armazenamento, e de nada têm falta, porque Deus supre suas necessidades. As plantas são lindas, e existem muitas que, como o lírio, superam as maiores grifes de moda, em sua beleza. Do mesmo modo que cuida dos animais e das plantas, Deus nos dá condições de termos o suficiente para viver, sem necessidade de se estressar e ficar ansiosos por isso. Podemos desfrutar a vida como os passarinhos, colocando Deus em primeiro lugar em nosso coração e confiando nele. Deixando a ansiedade com ele. Jesus nos assegura de que Deus dá muito mais valor a nós, tanto que deu o Filho para morrer afim de assegurar nossa felicidade eterna. Dessa forma podemos confiar a ele nossas preocupações e ele suprirá nossas necessidades. (Mateus 6:24 a 34)
Abraão, Isaque, Jó, entre outros, tiveram muitas riquezas materiais, e são exemplos bíblicos de pessoas que andaram com Deus. Ele não condena a prosperidade. Mas a forma como lidamos com ela. Essa semana em nosso guia de estudo da Bíblia estudamos mais um tema apresentado no livro de Oseias: amor e julgamento, o dilema de Deus. Oseias trabalhou entre 750 e 725 a.C. Visivelmente, Israel, dirigido por Jeroboão II, foi próspero e bem-sucedido, mais do que em qualquer época desde Davi e Salomão. Apesar da proeminência exterior, Israel estava fragilizado espiritual e moralmente. Eles estavam praticando adoração idólatra, adultério, embriaguez e sacrifício de crianças. Havia muita cobiça, violência e avareza. Um panorama não muito diferente da nossa realidade atual.
Aparentemente a humanidade está só em seus conflitos sociais. Mas a revelação bíblica nos mostra que Deus é juiz justo, e está atento e atuante na história humana. O livro de Oseias mostra que ele enviou o profeta para advertir o povo, e eles sabiam que Deus esperava que abandonassem suas práticas erradas e voltassem a ele afim de melhorar sua situação, mas não quiseram. Então foi permitido que a guerra devastasse o país e que seus inimigos de outros reinos os levassem cativos para outros países. Muitos morreram. A fome, a escravidão, e outros tantos sofrimentos foram o resultado de sua teimosia. Mas Deus foi misericordioso, e não permitiu que a desolação fosse total. Eles foram perdendo seu domínio gradualmente, tendo chances de se voltar a Deus no processo, até que foram espalhados por todo o mundo. Poderia ter sido bem diferente. Eles poderiam ter se arrependido, praticado a justiça e buscado a Deus, como fez o rei Ezequias de Jerusalém. Deus teria protegido eles, e enviaria os anjos para ajudar se necessário, como fez com Ezequias. (Isaías 36 e 37)
A Bíblia apresenta um Deus de amor, misericórdia e justiça. Um Deus que nos dá liberdade, mas quando a usamos para o mal e isso se generaliza tanto na sociedade que chega ao extremo, ele intervém. Há limite para o pecado humano. O povo antes do dilúvio; as cidades de Sodoma, Gomorra, Admá e Zeboim; os cananeus e outros diversos povos antigos; e até mesmo o povo de Israel, que Deus honrou e ao qual se revelou, todos eles ouviram a advertência para abandonarem suas práticas malignas, de uma forma ou de outra, mas como preferiram o mal, dado o limite, sofreram o juízo. Hoje não é diferente, e o próprio Cristo disse que Jerusalém sofreria o juízo divino por seus crimes, e do templo não ficaria pedra sobre pedra. (Mateus 24:1 e 2) Isso aconteceu alguns anos depois da morte dele. O povo, quando o condenou, pediu para ser responsabilizado pela sua morte: “Que o castigo por esta morte caia sobre nós e sobre os nossos filhos!” (Mateus 27:25). Isso aconteceu com eles na destruição de Jerusalém, onde chegaram a praticar canibalismo quando a cidade foi sitiada, devido à falta de alimento. Mas mesmo então Deus enviou alguém para avisar, e os seguidores de Jesus confiaram em sua advertência e saíram antes da tragédia. E depois, no tempo de Hitler, quando os judeus foram massacrados em campos de concentração, em experiências científicas e outros horrores do holocausto. A maldição que tomaram sobre si foi terrível, mas mesmo em meio dela Deus enviou muitas pessoas para ajudar, e dessa forma muitos foram salvos.
Deus ainda julga com justiça, e hoje temos as profecias que apontam para um tempo próximo, quando a sociedade mundial vai atingir novamente o limite do pecado. Mas dessa vez Jesus virá pôr fim a esse mundo de desgraça e sofrimento, e estabelecer seu reino de paz e justiça para sempre. Nós temos liberdade para escolher o bem ou o mal, e isso nos trouxe até a presente situação onde mais uma vez a maldade começa a reinar no meio social. Como Oseias advertiu o antigo Israel, somos advertidos agora a abandonar o mal e trabalhar em favor do bem da sociedade, vivendo por Jesus, sendo pessoas de honra, para sermos participantes da glória do reino de Cristo em breve. Mesmo nesse contexto difícil em que vivemos, a prática do evangelho de Jesus promove uma vida de paz e onde a prosperidade pode ser desfrutada com equilíbrio, sem avareza. Dessa forma teremos a aprovação de Deus e sua proteção.
Quando Cristo fala das aves e dos lírios, ele menciona a comida, a bebida e as vestes. E não precisamos de mais do que isso para viver. Não há problema em ser rico, e é possível conciliar o evangelho com a prosperidade, mas precisamos ter cuidado para não cair no mesmo problema de Israel ao prosperar, dando lugar ao pecado e esquecendo de Deus, trazendo o juízo dele sobre nós como consequência de nossa maldade, como eles e muitos outros grupos fizeram. Como Israel no passado, Deus ainda espera por nós. Ele não tem prazer no juízo, mas não pode permitir que a injustiça reine. Por mais pecador que alguém seja, ele está disposto a restaurar e perdoar, mas precisamos ir a ele e buscar a cura. Depois permanecer ligados a ele, mantendo seu amor em nossa mente, ao meditar na vida de Cristo, para continuar crescendo e vencendo o pecado.
Deus nos deu um tesouro mais valioso do que qualquer riqueza, e do meu ponto de vista o ser humano mais rico não é o que tem mais dinheiro, mas aquele que tem a vida eterna em Cristo. Eu escolhi Jesus, e não estou preocupado com a riqueza. Porque o maior tesouro do Universo Deus entregou por nós: Jesus Cristo. E com ele nos dá gratuitamente todas as coisas. Tenho hoje a riqueza simples da flor e das aves: uma vida de paz, sem ansiedade, pela confiança no amor de Deus. Não tenho quase nada de material, mas tenho o suficiente. Se um dia vier a ter riqueza material desfrutarei isso, mas não tenho a ambição da riqueza. A única coisa que vou levar para a eternidade é o amor de Deus em meu coração, e isso basta para mim. Mas não pense que estou dizendo que é pecado desejar a prosperidade. O pecado é a avareza. Estou dizendo apenas que estou satisfeito com o suficiente para viver, mas esse sou eu.
Sabemos que Deus age em todas as coisas para o bem daqueles que o amam, dos que foram chamados de acordo com o seu propósito. Que diremos, pois, diante dessas coisas? Se Deus é por nós, quem será contra nós? Aquele que não poupou seu próprio Filho, mas o entregou por todos nós, como não nos dará juntamente com ele, e de graça, todas as coisas? Quem fará alguma acusação contra os escolhidos de Deus? É Deus quem os justifica. Quem os condenará? Foi Cristo Jesus quem morreu; e mais, que ressuscitou e está a direita de Deus, e também intercede por nós. Quem nos separará do amor de Cristo? Será tribulação, ou angústia, ou perseguição, ou fome, ou nudez, ou perigo, ou espada? Como está escrito: 'Por amor de ti enfrentamos a morte todos os dias; somos considerados como ovelhas destinadas ao matadouro'. Mas, em todas estas coisas somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou. Pois estou convencido de que nem morte nem vida, nem anjos nem demônios, nem o presente nem o futuro, nem quaisquer poderes, nem altura nem profundidade, nem qualquer outra coisa na criação será capaz de nos separar do amor de Deus que está em Cristo Jesus, nosso Senhor.” (Romanos 8:28, 31 a 39)
Esse mundo com toda sua glória, riqueza, cobiça, corrupção e maldade passará, “mas aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre” (I João 2:17). Eu não vejo riqueza maior que aquela que Deus nos dá, gratuitamente, em Cristo Jesus. Riqueza de uma vida de paz aqui e uma vida eterna no futuro. O amor de Deus supera qualquer coisa, e ele é nosso por meio de Cristo. A riqueza de uma vida marcada pelo amor de Jesus, com a certeza do cuidado e segurança que só ele pode dar, não tem preço! Uma pessoa abençoada com riqueza tal distribui alegria, paz e amor por onde passa. Jesus nos convida a descansar nele. Ao seguir seus ensinos, por seu poder, ele vive em nosso coração, e sua vida emana em nossa vida, produzindo uma riqueza que não tem preço! Vida eterna! Deus é justo, ele conhece nossa dor nesse mundo injusto e cruel, mas isso não é o fim. Ele abre a cada ser humano o céu e a eternidade. Em Cristo há vida abundante: agora e na eternidade! Ele é a ressurreição e a vida!
A paz esteja contigo!


Referências


Caminho a Cristo – Ellen G. White
Profetas e Reis – Ellen G. White
Parábolas de Jesus – Ellen G. White
Lição da Escola Sabatina, 2º trimestre de 2013
Bíblia – Nova Versão Internacional e Nova Tradução na Linguagem de Hoje

sábado, 6 de abril de 2013

Nada Vos Será Impossível!


Uma pequena semente, que podemos segurar muitas na mão, é uma indústria tão poderosa, que produz uma planta inteira. Sementes de árvores de grande porte geralmente são pequenas. É fascinante o potencial de uma semente tão pequena. O mistério da vida acontece na semente, que no solo produz raízes e brotos que se tornam uma planta tão grande. Deus é que opera esse milagre da vida, e do mesmo modo que a semente se alimenta do solo e com o poder de Deus se desenvolve, deu ele em Cristo todo o poder necessário para nos capacitar a vencer qualquer barreira. “Se tiverdes fé como um grão de mostarda”, disse Jesus, “direis a este monte: Passa daqui para acolá — e há de passar” (Mateus 17:20). A fé em Jesus nos traz os recursos do céu para vencer as dificuldades em nossa jornada espiritual.
Jesus estava descendo do monte da Transfiguração com três discípulos, e a multidão o esperava na base do monte. Os discípulos que tinham ficado com o povo ficaram com inveja dos três que foram com Cristo e discutiam isso, deixando de buscar poder do Espírito mantendo em mente as palavras de Cristo. Um pai chegou com seu filho endemoninhado, e pediu que eles o libertassem, mas não puderam. Escribas e fariseus que alie estavam zombavam deles, dizendo que enganavam as pessoas, assim como Jesus, e que nem ele poderia expulsar aquele demônio. Jesus chegou, e houve silêncio total. Então o pai lhe disse que havia pedido aos discípulos para libertar seu filho, mas não puderam. E pediu a Jesus que, se pudesse, libertasse o menino. Jesus disse: “Se tu podes crer; tudo é possível ao que crê”. (Marcos 9:23 ). O pai então clamou que Jesus o ajudasse em sua falta de fé, e Jesus libertou o menino. Os discípulos depois perguntaram a Jesus porque não puderam expulsar o demônio, e ele explicou que esse tipo de demônio não sai senão com jejum e oração. (Mateus 17: 19 a 21) Eles estavam discutindo e deixaram de buscar o poder de Deus, permitindo que as trevas da desunião tivessem lugar em seu coração. O poder do Espírito Santo não poderia agir em seu favor para vencer os demônios dessa forma.
Todos nós temos nossas dificuldades espirituais, pecados a vencer. E Jesus nos mostra que nada é impossível àquele que crê nele. Em seu nome podemos vencer. Mas precisamos estar ligados a ele, buscando o poder de Deus, meditando em sua Palavra e pondo seu ensino em prática. Por algumas vezes eu estive prestes a sofrer algum mal que nem imagino, mas em oração, no pensamento, clamei a Deus em nome de Jesus, e ele me salvou imediatamente! Dizem que há perigo em lugares onde há muitos criminosos, mas eu sei que, agora mesmo, sem Cristo, qualquer pessoa, mesmo cercada de segurança material, está correndo risco de vida. Eu estava, no primeiro dia que isso aconteceu, deitado no sofá da casa de meus pais. Eram 11:00h da manhã. Aquele foi um dia de sol bonito, e minha mãe cozinhava na cozinha, a uns 4 metros de mim. Eu acalentava o pecado em meu coração, quando de repente ouvi um zumbido, e senti como se alguém estivesse comprimindo meu peito. Cessou a respiração. Tentei sair do lugar, mas só conseguia mover a cabeça. Tentei chamar minha mãe, mas não podia falar. Foi terrível aquela sensação de desamparo. Mas eu tinha conhecimento de Jesus e sabia que ele podia me livrar, então clamei: livra-me Pai, em nome de Jesus. E ele o fez. No mesmo instante voltei a respirar, me mover normalmente e o zumbido desapareceu.
Jesus venceu a morte por mim e por você. A realidade espiritual é que Satanás e seus anjos querem destruir o ser humano, e trabalham 24h para destruir cada um de nós. Minha experiência é um alerta do risco e perigo que correm as pessoas ao brincar com o pecado. O caso de um endemoninhado pode ser resultado de dar lugar ao pecado, até que Satanás tem controle total sobre a pessoa. Mas em nome de Jesus temos poder para vencer! Assim como o Senhor disse aos seus discípulos, nada é impossível se cremos nele. Os anjos de Deus estão lutando por nós. Se está em dificuldades com o pecado, busque a Jesus, porque por mais fundo que tenha ido e por mais difícil que seja sua situação, ele pode te libertar e te dar nova vida. E Jesus envia todos os anjos se for necessário, para socorrer alguém que clama a ele com fé afim de vencer o pecado. Vícios, defeitos de caráter, qualquer coisa que oprima o homem Jesus pode remover. Precisamos buscar nele o poder, crendo, porque nada é impossível a Jesus. E ele vai nos libertar.
Jesus veio buscar e salvar o perdido. Ele costumava dizer que veio pelos pecadores, e não para os justos. Glória a Deus porque Jesus veio por mim! Fiz dele meu amigo, e ele tem me libertado de meus pecados, dia a dia. É uma luta contínua vencer o eu, o egoísmo, minha vontade em conflito com a sua, mas em seu poder tenho certeza da vitória. A felicidade, a liberdade, a paz e a alegria de uma vida nova está disponível a todo o que crê, em Cristo!
A paz esteja contigo!


Referências


O Desejado de Todas as Nações, pág. 47 – Ellen G. White
Bíblia – Nova Tradução na Linguagem de Hoje

terça-feira, 2 de abril de 2013

Homens de Honra


Nesses tempos pós modernos e capitalistas em que vivemos, parece que tudo está a venda. Vemos pessoas vendendo a honra por dinheiro, fama, status e tantas outras coisas. Eu disse uma vez a uma professora que me perguntou se gostaria de ser político que não. E meu motivo é simples: não quero fazer parte disso porque é um meio sujo e corrupto, e prefiro ficar fora disso. Penso que se alguém quiser honrar a Deus e ser político não é impossível, mas essa pessoa não pode ter preço, ou seja, precisa estar disposta a morrer para não se corromper.
A Bíblia tem exemplos de pessoas que fizeram isso. Daniel e seus amigos são um exemplo. Eles faziam parte da realeza e foram levados para a Babilônia, onde foram separados junto com outros jovens da nobreza para trabalhar no Estado, junto ao rei (Daniel 1:3 e 4). Seu código de conduta era a Escritura Sagrada, que eu também adotei, com a diferença de que a Escritura deles era parte do Antigo Testamento, porque eles mesmos fizeram parte dele depois. Esses homens desafiaram a morte em nome de Deus. Eles não podiam ser comprados, porque foram “...cristãos patriotas, homens que eram tão fiéis ao princípio como o aço, e que se não deixariam corromper pelo egoísmo, mas honrariam a Deus com prejuízo de tudo para si. ”1
Os amigos de Daniel decidiram honrar a Deus e adorar somente a ele, mesmo que tivessem de pagar por isso com sua vida. Honraram a Deus e não adoraram a estátua do rei que toda a multidão adorou. Eles não compactuavam com a corrupção, e por isso seus inimigos aproveitaram para acusá-los diante do rei (Daniel 3:8). Foram lançados numa fornalha de fogo tão quente que os soldados que os jogaram morreram só por chegar perto da porta. Mas Deus enviou seu Filho para protegê-los e eles andavam “...passeando dentro do fogo, sem nenhum dano...” (Daniel 3:1 a 25). Daniel também foi vítima da corrupção e devido a uma lei orquestrada por seus colegas políticos foi jogado na cova dos leões, onde Deus enviou um anjo para guardá-lo. Mas nesse caso seus inimigos sofreram a mesma pena e foram despedaçados pelos leões porque o rei amava Daniel. (Daniel 6)
Diferente do ditado popular, a maioria nem sempre está do lado de Deus. A multidão adorou a estátua do rei, e a minoria, os amigos de Daniel, foram fiéis. Deus honra seus filhos fiéis.
Jesus confrontou seus seguidores com uma condição: “Quem quiser me acompanhar não pode ser meu seguidor se não me amar mais do que ama o seu pai, a sua mãe, a sua esposa, os seus filhos, os seus irmãos, as suas irmãs e até a si mesmo. Não pode ser meu seguidor quem não estiver pronto para morrer como eu vou morrer e me acompanhar.” (Lucas 14:26 e 27). O evangelho de Jesus é um caminho de coragem; ele exige comprometimento total, até a morte! Jesus morreu por amor a cada ser humano, afim de garantir nossa vida eterna. Seus seguidores devem estar tão comprometidos com ele a ponto de defender seus princípios, mesmo com o risco de morte, assim como Daniel e seus amigos. Jesus deve ser o centro de sua vida.
Os filhos de Deus de todos os tempos foram fiéis até a morte, pela fé no salvador, “...afim de ressuscitar para uma vida melhor” (Hebreus 11:35). “Pela fé eles lutaram contra nações inteiras e venceram. Fizeram o que era correto e receberam o que Deus lhes havia prometido. Fecharam a boca de leões, apagaram incêndios terríveis e escaparam de serem mortos à espada. Eram fracos, mas se tornaram fortes. Foram poderosos na guerra e venceram exércitos estrangeiros. Pela fé mulheres receberam de volta os seus mortos, que ressuscitaram. Outros foram torturados até a morte; eles recusaram ser postos em liberdade a fim de ressuscitar para uma vida melhor. Alguns foram insultados e surrados; e outros, acorrentados e jogados na cadeia. Outros foram mortos a pedradas; outros, serrados pelo meio; e outros, mortos à espada. Andaram de um lado para outro vestidos de peles de ovelhas e de cabras; eram pobres, perseguidos e maltratados. Andaram como refugiados pelos desertos e montes, vivendo em cavernas e em buracos na terra. O mundo não era digno deles!” (Hebreus 11:33 a 38)
Os apóstolos e outros cristãos que foram fiéis ao evangelho de Jesus, sendo santificados por sua Palavra verdadeira (João 17:17), foram perseguidos e mortos por reis e imperadores como Herodes e Nero: à espada, em fogueiras, jogados aos leões e outras feras, etc.; e depois que a igreja cristã começou a misturar a idolatria e outras práticas pagãs, como a santificação do domingo (dia de adoração do sol em culturas pagãs, decretado inicialmente por Constantino em 7 de março de 321 d.C. e adotado oficialmente pela igreja cristã em 364 d.C., no Concílio da Calcedônia), juntamente com conceitos pagãos como a imortalidade da alma, com a prática religiosa, ela mesma se tornou inimiga de Deus perseguindo e matando aqueles que eram fiéis à Palavra e não concordavam com essas coisas, com auxílio do poder político (a “santa inquisição” é uma das formas que foi usada para isso). Depois desse período negro onde o verdadeiro cristão geralmente pagava com sua vida por sua fé, surgiu a reforma, mas devido à grande mistura do paganismo com o evangelho, os movimentos religiosos que daí surgiram carregam, até hoje, parte daqueles ensinos, como doutrina da imortalidade da alma e a santificação do domingo. Hoje temos muitas religiões no meio cristão, e cabe a nós examinar profundamente as Escrituras para ver onde a religião está de acordo com a verdade da Palavra.

Torturas da inquisição.
Esses fatos históricos não pegaram de surpresa os fiéis de Deus em todos os tempos, porque “certamente, o Senhor Deus não fará coisa alguma, sem primeiro revelar o seu segredo aos seus servos, os profetas” (Amós 3:7). Por meio das profecias de Daniel e Apocalipse eles souberam o que aconteceria e se prepararam. Newton, o famoso cientista, entre outros muitos estudiosos da Bíblia, compreendeu a relação entre as profecias de Daniel e Apocalipse com a igreja de Roma. Mas essas profecias não se referiam apenas ao passado, elas ainda acontecem hoje. E nesse contexto elas apontam para um futuro próximo, onde o resultado do ecumenismo será uma lei contrária à lei de Deus apresentada nas Escrituras, obrigando as pessoas a quebrar o código divino, e finalmente decretando a morte de quem não obedecer. A um leitor desinformado isso pode parecer ridículo, mas um estudo da História e dos acontecimentos atuais em conjunto com as profecias de Daniel e Apocalipse vai revelar a realidade diante de nós.
Importantes são as lições a serem aprendidas da experiência dos jovens hebreus na planície de Dura. Nos dias atuais, muitos dos servos de Deus, embora inocentes de qualquer obra má, serão levados ao sofrimento, humilhação e abuso às mãos daqueles que, inspirados por Satanás, estão cheios de inveja e fanatismo religioso. A ira do homem será especialmente despertada contra os que santificam o sábado do quarto mandamento; e por fim um decreto universal denunciará a estes como dignos de morte.
Os tempos de provação que estão diante do povo de Deus reclamam uma fé que não vacile. Seus filhos devem tornar manifesto que Ele é o único objeto do seu culto, e que nenhuma consideração, nem mesmo o risco da própria vida, pode induzi-los a fazer a mínima concessão a um culto falso. Para o coração leal, as leis de homens pecaminosos e finitos se tornam insignificantes ao lado da Palavra do eterno Deus. A verdade será obedecida, embora o resultado seja prisão, exílio ou morte.
Como nos dias de Sadraque, Mesaque e Abede-Nego, no período final da história da Terra o Senhor operará poderosamente em favor dos que ficarem firmes pelo direito. Aquele que andou com os hebreus valorosos na fornalha ardente, estará com os Seus seguidores em qualquer lugar. Sua constante presença confortará e sustentará. Em meio do tempo de angústia — angústia como nunca houve desde que houve nação — Seus escolhidos ficarão firmes. Satanás com todas as forças do mal não pode destruir o mais fraco dos santos de Deus. Anjos magníficos em poder os protegerão, e em favor deles Jeová Se revelará como “Deus dos deuses” (Daniel 2:47), capaz de salvar perfeitamente os que nele puseram a sua confiança. ”1
Seguir Jesus nunca foi fácil, ao contrário, seu caminho implica em uma cruz. Mas é a melhor opção: “Se o mundo odeia vocês, lembrem que ele me odiou primeiro.” (João 15:18) “Felizes são vocês quando os insultam, perseguem e dizem todo tipo de calúnia contra vocês por serem meus seguidores. Fiquem alegres e felizes, pois uma grande recompensa está guardada no céu para vocês. Porque foi assim que perseguiram os profetas que viveram antes de vocês” (Mateus 5:11 e 12).
O céu não é para os covardes (Apocalipse 21:8), mas para os heróis da fé (Hebreus 11). Jesus quer homens de honra. Decidi viver e morrer por Jesus. Estou totalmente comprometido com ele. Qual é sua decisão? O Senhor não tarda chegar, e seus filhos enfrentarão a morte antes disso, mas contarão com a proteção de Deus, assim como Daniel e seus amigos. Tenho buscado o poder do Espírito Santo prometido por Cristo (João 16:7 a 15), para cumprir a missão que nos deu, em seu poder (Lucas 24:44 a 49; Atos 1:8). O poder do Espírito é o que vai dar forças àqueles que enfrentarão tudo e verão Jesus voltar, do mesmo modo que capacitou os discípulos que conviveram com Cristo para cumprir a missão (Atos 1:8). Oxalá estejamos de pé naquele terrível dia do Senhor, exultando em sua salvação (I Tessalonicenses 4:16 e 17), e não se escondendo nas covas e buracos da terra, querendo que as rochas caiam em cima, pela terrível expectativa do juízo da ira dele (Apocalipse 6:12 a 17)!
A paz esteja contigo!


Referências


Bíblia: Nova Versão Internacional, Almeida Revista e Atualizada, Nova Tradução na Linguagem de Hoje.
1. Profetas e Reis – Ellen G. White.