No último dia 28
participei de uma palestra de motivação que foi ministrada aos funcionários da
área de educação aqui na minha cidade. Uma das coisas que me chamou a atenção
foi essa colocação:
“A
motivação precisa ser pessoal.”
Isso é algo
realmente importante. Se a pessoa está motivada por um princípio de vida, ela
consegue ir muito mais longe, produzir muito mais e com mais qualidade. A
palestra foi muito proveitosa. O palestrante é renomado em sua área de atuação.
E transmitiu os conceitos muito bem. Mas aqui não vou repetir aqueles
conceitos. A frase que me marcou mais foi essa que acabo de citar, mas em
relação a esse assunto, já venho meditando nele há algum tempo, e me é
inevitável pensar nisso e não me lembrar de uma pessoa. Aquele que foi o maior
motivador de todos os tempos: Cristo, o messias.
Tenho meditado
ultimamente em minha vida em geral e estou vivendo uma experiência que gostaria
de compartilhar. Cristo, o messias, ele é meu modelo. Me fascina, me inspira,
me encanta. Afinal de contas, porque fazer o meu melhor mesmo em condições
desfavoráveis? Porque se importar? O que isso faz de diferença? Em minha vida
pessoal tenho alguns problemas, e percebi que o maior deles está relacionado a
essas questões. Eu estava levando uma vida razoável, tranquila. Sem se importar
muito com nada. Sem me dedicar inteiramente a nenhum propósito. Apenas levando
a vida. Mas um belo dia eu comecei a meditar em Cristo.
Cristo, ele que,
sendo Deus, e tendo seu reino celestial, onde estava cercado de servidores que
o amam e sempre lhe dedicaram louvor e adoração, vivendo sempre para servi-lo
como resposta ao seu amor. Fico imaginando como era isso. O céu. Sem calor, sem
suor, sem sede ou fome, nem sombra de dor ou qualquer leve traço de dificuldade
que existe nesse mundo. E cercado de anjos leais e fiéis que o serviam sempre.
Cânticos arrebatadores que não existe música na terra capaz de chegar perto.
Porque um rei deixaria um trono assim tão extraordinário? E para quê?
Enfim, Cristo,
embora subsistindo em forma de Deus, não julgou como usurpação ser igual a
Deus, mas a si mesmo se humilhou, assumindo a forma de servo. (Filipenses 2) E,
sendo obediente até a morte, sofreu por trinta e três anos aqui neste mundo
mal. Agora, pensa por um momento, imagina o que deve ser para um rei assim tão
majestoso deixar o trono, a adoração dos anjos, sua própria glória divina e,
humilhado ao máximo, assumir o corpo de um ser humano, sofrendo sede, fome,
dor, maus tratos, e ser obediente até a morte. Para quê? Porque? Para dar a
nós, seres humanos, a oportunidade de morar lá no céu com ele, partilhando a
glória de Deus, livres de toda dor e sofrimento. Por que nos amou mais que sua
própria vida. Isso é para mim o maior amor do Universo. E o maior exemplo.
Mas afinal, o que
uma coisa tem a ver com a outra? Ocorre que a minha motivação pessoal vem daí.
Há pouco tempo eu consegui animar alguém e ver a alegria e gratidão daquela
pessoa, e isso mexeu comigo. Uma alegria e satisfação brotou. Um sentimento
bom. Eu já havia lido sobre isso. E sempre procuro ajudar pessoas, desde que
tive contato com o evangelho do Reino, mas nunca tinha parado para meditar no
assunto nem havia me sentido tocado assim. Qual era a alegria do salvador? Qual
era sua motivação? Ver o bem das pessoas, salvar. O amor era a mola propulsora
que o levava a se mover em íntima compaixão pelo próximo. Seu pagamento? A
alegria e felicidade que fazia brotar naqueles que curava e salvava. A
satisfação de poder partilhar a eternidade com eles e os anjos.
Hoje minha vida
está mudando mais porque esse amor de Cristo está me levando a amar mais as
pessoas. O trabalho pode ser cansativo ou as vezes tedioso, mas o que me motiva
agora é ter a grata satisfação de poder fazer o dia de alguém mais feliz, poder
servir melhor, ser uma bênção na vida daqueles que se beneficiam desse
trabalho.
A Assistência
Social Adventista tem por missão “mudar o mundo, uma vida de cada vez”. E esse
é um pensamento maravilhoso que reflete bem o exemplo de nosso salvador.
Há uma grande
bênção em viver para servir. É uma verdadeira satisfação poder fazer a
diferença na vida de outros como resultado do seu trabalho. Estou descobrindo
isso. Está me fazendo muito bem.
O cristianismo é
basicamente isso. Amar na prática, sem esperar nada, apenas para ver o bem do
outro. Isso como resultado do contato com Cristo. E como isso faz diferença! Em
tudo. Significa renunciar muitas coisas particulares, deixar muitas coisas
pessoais e pensar mais nos outros. Mas vale muito a pena. Olhar para Cristo e
meditar na vida dele é uma grande bênção.
Todos temos muito
potencial. Habilidades que se desenvolvidas trarão grandes bênçãos ao mundo. O
que faremos com elas? Usaremos para a promoção pessoal ou para mudar vidas? Já
parou para pensar na bênção que é desenvolver todo o potencial para a glória de
Deus a fim de abençoar outros com o seu trabalho?
Não importa onde,
se na igreja ou na escola, em casa, na universidade ou trabalho, fazer isso vai
exigir tempo e dedicação. Isso vai significar abrir mão de coisas particulares e
interesses pessoais. Sacrifício. Renúncia. Cristo, o rei do Universo,
humilhou-se e se sacrificou, sendo obediente até a morte, por amor de nós. Ele
deu sua vida por nós, e devemos dar a vida por nossos irmãos. (I João 3:16)
Isso não quer dizer simplesmente morrer, tem um significado mais profundo. É
viver para servir, como ele fez. Abrir mão de interesses particulares para ver
o bem do outro, fazer o melhor, dedicar tempo e recursos para salvar pessoas. Porquê?
Como extensão do amor de Deus nesse mundo.
Faz algum tempo
que comecei a pensar assim, partindo do exemplo do mestre. E isso tem sido uma
bênção em minha vida. A felicidade de doar é maior do que a de receber. E por
isso mesmo sigo nesse caminho, porque afinal, parece que a missão dada por
Cristo começa a fazer todo o sentido. Qual é a alegria de que ele falou? “Tenho
lhes dito estas palavras para que a minha alegria esteja em vocês e a alegria
de vocês seja completa.” João 15:11 Que alegria é essa que deseja para todos
nós?
A paz de Cristo
esteja contigo.