quinta-feira, 16 de maio de 2013

Práticas de Ensino


Comecei um curso superior há alguns anos e havia uma matéria chamada prática de ensino, onde o professor nos orientava nos estágios e outras atividades práticas que tínhamos para desenvolver naquela área de estudo. Todo trabalho humano é de alguma forma prático, e sem prática se torna teoria inútil. Da mesma forma Jesus nos deu exemplo prático. Em sua vida encontramos muitos exemplos práticos de seu ensino. A prática do amor é o tema mais exemplificado por suas ações. É um dos temas mais cobertos pelo Evangelho de Cristo. Ele enfatizava isso em palavras e atos. Para o Mestre ninguém estava excluído de seu Reino, a não ser por decisão própria. Apelava a todos em seu trabalho de amor, falando ao coração, mesmo aos seus inimigos. Almejava salvá-los também. Um exemplo claro desse modo de agir de nosso Senhor Jesus é o do homem da mão aleijada.
Os evangelhos de Mateus, Marcos e Lucas contam essa história da vida de Cristo. E para entender o que aconteceu no contexto bíblico é necessário estudar o episódio em todos esses textos, por isso passo a comparar as referidas passagens agora. Para facilitar o entendimento, também uso três traduções da Bíblia.
Mateus 12:9 e 10:
Saindo daquele lugar, dirigiu-se à sinagoga deles, e estava ali um homem com uma das mãos atrofiada. Procurando um motivo para acusar Jesus, eles lhe perguntaram: “É permitido curar no sábado?”” NVI1
Tendo Jesus partido dali, entrou na sinagoga deles. Achava-se ali um homem que tinha uma das mãos ressequida; e eles, então, com o intuito de acusá-lo, perguntaram a Jesus: É lícito curar no sábado?” ARA2
Jesus saiu dali e foi para uma sinagoga. Estava ali um homem que tinha uma das mãos aleijada. Então algumas pessoas que queriam acusar Jesus de desobedecer à Lei lhe perguntaram: É contra a nossa Lei curar no sábado?” NTLH3
Jesus entra em uma sinagoga e ali há um homem da mão aleijada. O mestre veio trazer vida, restauração. Não pode ver o sofredor sem sentir em seu íntimo o anseio de lhe dar alívio. O amor é a força que o impulsiona. Seus inimigos, geralmente escribas e fariseus, conhecedores da lei que não aceitavam o salvador porque não apoiava seus ensinos errôneos, lhe perguntam se está certo ou errado curar no sábado, se é lícito. A questão entre eles e Jesus nesse caso é essa: a guarda do mandamento permite ou não curar pessoas? Mas seu objetivo é acusar o Mestre, armar cilada para ele, porque por suas tradições diziam que não podia curar nesse dia. Não lhes interessa fazer o bem, ajudando outros. Baseiam-se apenas em suas tradições.
Lucas 6:7 e 9:
Os fariseus e os mestres da lei estavam procurando um motivo para acusar Jesus, por isso o observavam atentamente, para ver se ele iria curá-lo no sábado.” NVI1
Então, disse Jesus a eles: Que vos parece? É lícito, no sábado, fazer o bem ou o mal? Salvar a vida ou deixá-la perecer?” ARA2
Então Jesus disse: Eu pergunto a vocês: O que é que a nossa Lei diz sobre o sábado? O que é permitido fazer nesse dia: o bem ou o mal? Salvar alguém da morte ou deixar morrer?” NTLH3
Mateus 12:11 e 12:
...Qual dentre vós será o homem que, tendo uma ovelha, e, num sábado, esta cair numa cova, não fará todo o esforço, tirando-a dali? Ora, quanto mais vale um homem que uma ovelha? Logo, é lícito, nos sábados, fazer o bem.” ARA2
...Se um de vocês tiver uma ovelha, e no sábado ela cair num buraco, será que ele não vai fazer tudo para tirá-la dali? Pois uma pessoa vale muito mais do que uma ovelha. Portanto, a nossa Lei permite ajudar os outros no sábado.” NTLH3
Dessa forma Jesus nos ensinou que o sábado deve ser guardado com amor, praticando o bem, porque é lícito salvar a vida praticando o bem nesse dia. A questão entre eles era exatamente essa: o que pode e o que não pode no sábado? Como guardar o mandamento? E Jesus lhes pergunta: fazendo o bem ou o mal? Salvando a vida ou deixando morrer? Ele ama cada um de nós. Aquele homem aleijado estava sofrendo, e o Mestre depois de dizer que é permitido fazer o bem no sábado, salvar a vida e não deixar morrer, curou o homem, praticando ele mesmo o que acabara de ensinar. Jesus nos mostra que esse é um dia de alegria, e portanto não há impedimento algum em fazer o bem. Ele demonstra que o amor é a essência da sua Lei. Seu amor está disponível a todos, até para seus inimigos.
Marcos 3:5 e 6:
Irado, olhou para os que estavam a sua volta e, profundamente entristecido por causa do coração endurecido deles, disse ao homem: “Estenda a mão”. Ele a estendeu, e ela foi restaurada.” NVI1
Olhando-os ao redor, indignado e condoído com a dureza do seu coração, disse ao homem: Estende a mão. Estendeu-a, e a mão lhe foi restaurada.” ARA2
Então Jesus olhou zangado e triste para eles porque não queriam entender. E disse para o homem: Estenda a mão! O homem estendeu a mão, e ela sarou.” NTLH3
Então os fariseus saíram e começaram a conspirar com os herodianos contra Jesus, sobre como poderiam matá-lo.” NVI1
Escribas e fariseus estavam sempre em choque com Jesus porque já haviam rejeitado seu ensino, já o haviam rejeitado como Messias, e planejavam matá-lo. Em todos os casos onde o acusam de transgredir o sábado ele estava curando alguém ou apoiando a prática do bem, nunca trabalhando para ganhar o pão. E manteve-se fiel ao mandamento, fazendo o bem, como deixa evidente nesse caso do homem da mão aleijada, mesmo correndo o risco de morte da parte de seus inimigos. Seu exemplo nos ensina, assim, que o amor ao próximo é o elo de perfeição que está no centro da lei. Ele chega a dizer que seu mandamento de amar as pessoas como ele amou é novo (João 13:34), porque naquele tempo os mestres da lei ensinavam a guardar a lei pisando no próximo, segundo suas tradições, e não de acordo com a vontade do Pai, e por esse motivo os discípulos tinham essa ideia errada sobre o assunto. Ele ensinou que se a nossa justiça não for muito superior à dos escribas e fariseus de seu tempo, guardando os mandamentos e ensinando as pessoas a fazer isso, seremos considerados mínimos no Reino do céu, e jamais entraremos nele – Mateus 5:19 e 20.
O pior cego é aquele que não quer ver. Eles rejeitaram o seu salvador, mesmo vendo claramente a verdade nele, em suas palavras e ações, mesmo convivendo com ele. Estavam prontos a matar até o seu próprio salvador para não se arrepender de seus pecados e serem salvos por ele.
Que contraste entre Jesus e seus acusadores! Um o senhor da vida, emanando vida e alegria, restaurando pessoas, curando aleijados, pregando a prática da Lei do amor. Os outros criticando, sempre à procura de um artifício para condenar o salvador, seu próprio salvador. Jesus ficou irado com eles porque, por seu coração duro e insensível, chegavam ao ponto de dizer que a Lei de Deus proíbe praticar o bem, ajudando o necessitado. Rejeitando o Messias, ali diante deles, mesmo vendo a prova da veracidade de seu ensino. Não o rejeitavam por estar errado, mas por seu orgulho em não abrir mão de sua tradição equivocada, e admitir ser Jesus, o humilde galileu, que não foi aluno de suas escolas, o Messias.
O Mestre queria salvá-los, e por fecharem o coração ele fica profundamente entristecido. Irado com suas atitudes insensíveis para com as pessoas necessitadas, mas profundamente triste com eles porque não pode salvá-los. Ele ama seus inimigos. Ama cada ser humano, por mais longe que tenha ido no pecado. E assim como a salvação estava disponível para escribas e fariseus, que não a tiveram por sua rejeição da oportunidade a eles oferecida, está disponível a cada ser humano hoje, sem distinção. O amor de Jesus é meu e seu agora mesmo, precisamos apenas aceitá-lo em nosso coração e crer nele!
A paz de Jesus esteja contigo! Que seu amor seja acolhido em nossos corações e possamos juntos nos alegrar por sua grande salvação!


Referências


Bíblia:
1 – Nova Versão Internacional
2 – Almeida, Revista e Atualizada, 2ª Edição
3 – Nova Tradução na Linguagem de Hoje

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